Giro Vecchio

Monte Alegre do Sul, recebeu pela primeira vez as bicicletas clássicas antigas que percorreram a estrada com os ciclistas de agora com seu visual de antigamente que compôs a cena da edição de outono do Giro Vecchio, a Clássica do Brasil.

© Leonardo Duarte e Maurício Valente

Esse ano fazendo parte do circuito italiano do Giro d’Italia d’epoca, que é uma série de eventos do gênero que acontece durante o ano na Itália. O Giro Vecchio é a única fora da Itália.

© Leonardo Duarte e Maurício Valente

Inspirado em eventos europeus, e criado em 2006 por Paulo de Tarso, do Sampa Bikers Clube, o Giro Vecchio não é uma corrida, é uma celebração. Aliás, chegar em primeiro lugar não vale nada, mais vale chegar em último e ganhar a maglia nera (‘camisa preta’ em italiano). A Maglia Nera foi uma prova da vontade e determinação que era preciso simplesmente para competir e terminar em último.

© Leonardo Duarte e Maurício Valente

Giro Vecchio é um evento clássico de ciclismo onde crianças do passado se encontram e fazem a festa, é uma experiência de ciclismo para todos: para os mais fortes e treinados que devoram quilômetros e escaladas, mas também para aqueles que optam por ir devagar e nas planícies para saborear lentamente.

É uma pedalada com percurso pensado para bicicletas de estrada, e devem ser anteriores a 1987, com pedais que não sejam de clipe, cabos de freio acima do guidão, garfo curvo e alavancas de câmbio no quadro.

© Leonardo Duarte e Maurício Valente

Mas outros tipos de bicicletas fabricadas até 1987 também são permitidas. Exceto Mountain Bikes e Ciclo Cross.

O trajeto tenta simular em pequenos trechos, antigas corridas de ciclismo, passando por estradas estreitas, caminhos rurais pavimentados de baixo tráfego e alguns trechos curtos de estradas de terra bem batida (recomenda-se manter os pneus em bom estado e calibrados).

© Leonardo Duarte e Maurício Valente

Como o clima é de puro saudosismo é necessário também estar vestido a caráter, com roupas de época, tudo para dar um ar mais clássico e uma volta ao passado.

Este tipo de cicloturismo clássico existe há muitos anos em outros países europeus, especialmente na Itália e na França, onde se realizam pedaladas há muitos anos e reúne muitos ciclistas.

© Leonardo Duarte e Maurício Valente

Não é uma competição, pelo contrário, é um encontro para desfrutar do ciclismo, a paisagem e fazer amigos.

No sábado a noite teve a abertura do evento com uma serenata Italiana que percorreu as ruas da cidade de Monte Alegre do Sul até a praça. Depois uma animada festa temática dos anos 50 com Henry Paul Trio animou a cidade com músicas de época em um baile ao ar livre.

© Leonardo Duarte e Maurício Valente

No domingo, dia da pedalada, os participantes deixaram suas bicicletas em exposição para a população e público presente.

Os ex-ciclistas profissionais, Cezar e Júlio César Paterlini, foram os homenageados.

© Leonardo Duarte e Maurício Valente

O percurso de 20 quilômetros teve uma parada em um alambique e vinícola da região antes de encarar a subida até um bairro rural onde os participantes repitam as energias com um gostoso piquenique.

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A próxima edição do Giro Vecchio será dia 27 de agosto, em São Luíz do Paraintinga. As inscrições estão abertas.

Mais detalhes no site do evento www.girovecchio.com.br


©Giro d’Italia d’Epoca

O que é o Giro d’Italia d’Epoca

O Giro d’Italia d’Epoca nasceu em 2011, é um ciclo de eventos dedicado ao ciclismo vintage.

Etapas distribuídas pelo centro e norte da Itália, nas mais belas localidades, que refazem e repropõem os lugares e temas de heroísmo ciclismo, a dos intemporais campeões italianos, como Coppi, Bartali, Guerra, Girardengo, Moser, Saronni e muitos outros.

Em 2023 o Brasil irá sediar duas etapas externas. A primeira acontecerá em junho, em Monte Alegre do Sul, que será a etapa de outono. Depois dia 27 de agosto, São Luíz do Paraintinga recebe a etapa de inverno.


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