Renata Falzoni visita a Biene e acompanha o bordado de camisa feita especialmente para o Giro Vecchio

Era início de 2019. Em um dia chuvoso de verão, recebemos a incansável cicloativista Renata Falzoni. Foi um bate-papo divertido, com a presença do Paulinho de Tarso (Sampa Bikers) e cafezinho. O objetivo era mostrar como a Biene está resgatando uma tecnologia “old school”, trazendo de volta as camisas vintage de ciclismo, produzidas com lã e bordadas, aquelas que vestiram lendas como Fausto Coppi, Bartali, Eddy Merckx. A ideia de bordar a camisa para Falzoni surgiu ao ver o vídeo feito por ela e Paulo na L’Eroica lá na Toscana, Itália, evento que fez ressurgir essa onda vintage no ciclismo, celebrando o saudosismo de grandes lendas do pedal que não tinham todo o conforto das jersey com nanotecnologia, nem forros com camadas de espuma e gel.

No início do século XX, o negócio era bicicleta pesada de ferro, forro sem espuma e camisa de lã bordada, em estradas de terra Europa adentro, porque a pavimentação asfáltica por ali começou de verdade nos anos 1960 (assista o vídeo logo abaixo).

Para tanto, a Biene foi atrás de recuperar uma máquina de bordado manual de mais de 100 anos. Como já antevíamos a retomada desse saudosismo, já estávamos à procura de mão-de-obra para tecer as malhas de lã; uma tarefa difícil, pois esse tipo de manufatura deixou de ser economicamente produtiva e interessante há mais de 25 anos, diante das novidades tecnológicas e teares mais modernos nesses tempos de celeridade.

Felizmente, encontramos uma pessoa que possuía os tais teares para produzir uma pequena fornada, já em 2012. Essas malhas ainda tiveram de esperar a bordadeira, outro fóssil do setor que volta agora à vida. Não teve making of, mas posso garantir que tanto a Renata como o Paulo tiveram uma experiência ótima ao ver como eram feitas as maglia vintage.

Após a publicação do vídeo, recebemos diversas mensagens de ciclistas saudosos e surpresos em saber que a Biene “ainda existe”. São fãs da Biene que, muitas vezes, guardam antigas peças nossas porque lembram-se de épocas passadas onde a paixão pelo ciclismo era tão intensa que motivava pessoas como a própria Renata a dedicar sua vida às bicicletas. Assim como a Biene, que nasceu quando ninguém pensaria em fabricar roupas de ciclismo no Brasil. Essa é a paixão que ainda move a Biene e faz com que tenhamos satisfação em fabricar produtos cada vez melhores, só para ver aquele brilho nos olhos de cada ciclista que adquire nossos produtos, e isso não tem preço. Sem isso, a Biene seria apenas mais uma marca no mercado, sem alma nem personalidade própria.

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