Atleta de triathlon Georgia Zattar revela como mantém rotina de treinos após um ano de pandemia

Por conta da pandemia, que completa um ano no Brasil, os treinos da atleta precisaram ser adaptados para a nova realidade

A pandemia da covid-19, que completa um ano no Brasil, afetou a rotina de preparação de diversos atletas. Sem academias e treinos fora de casa, a maioria precisou se adaptar à realidade da quarentena e isolamento social para manter o ritmo. 

© Arquivo Pessoal

Georgia Zattar, atleta de triathlon, afirma que a mudança foi desafiadora. Acostumada a treinar levando em consideração um calendário de provas e competições, precisou mudar de foco e priorizar a sua evolução e performance durante os treinos.

No caso do triathlon, que envolve as modalidades de ciclismo, corrida e natação, os treinos na rua puderam ser substituídos pelos treinos indoor. O rolo de ciclismo, a esteira e a piscina que Geórgia possui em casa estão sendo seus principais aliados em tempos de pandemia. Com novos gadgets e plataformas interativas, é possível, inclusive, fazer treinos virtuais.

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“Antes mesmo da pandemia, eu já gostava de treinar ciclismo em casa em alguns dias da semana. Tenho um rolo smart e interativo que se conecta à plataforma Zwift. São simulações bem realistas, fazendo com que o treino tenha mais qualidade”, aponta. “Com as competições virtuais, as famosas ‘races’, conseguimos participar de diversas provas ao redor do mundo, o que nos mantém motivados e em ritmo de prova.”

Ela enxerga a segurança dos treinos indoor como uma grande vantagem para os atletas. “Não há risco de acidentes, que são comuns hoje no ciclismo. E o nível de motivação é o mesmo dos treinos externos, o que me deixa muito satisfeita”, conta.

Geórgia entende que existem dias nos quais bate o desânimo, principalmente na vida de um atleta profissional, cuja prática do esporte é sua principal fonte de renda. “Assim como as diversas profissões que foram afetadas no último ano, os atletas também devem estar prontos para os novos desafios, com constância e muita determinação”, indica.

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“Acredito que fazer o que está ao nosso alcance hoje, mesmo com essas dificuldades da pandemia, somará muito para o futuro. Precisamos nos reinventar dia após dia e aprender a ter paciência no processo. Sendo assim, tentei me manter focada como atleta, independente de ter ou não um calendário de provas previsto.”

A expectativa é de que o retorno das competições aconteça após as vacinações em massa contra o coronavírus. “Após um ano sem competir, estamos ansiosos para que a situação volte à normalidade o quanto antes. Por esse motivo, é tão importante seguir os treinos com disciplina”, garante.

Ela, que também é médica, defende a atividade física não só para os atletas, mas para todos que querem continuar seguindo a quarentena com saúde e disposição. Ainda antes da pandemia, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 56,9% das pessoas com mais de 18 anos já estavam com excesso de peso. 

“Sobrepeso, obesidade e sedentarismo são fatores de risco para inúmeras doenças crônicas, inclusive para a covid-19. Uma pesquisa realizada pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos aponta que a obesidade aumenta significativamente o risco de hospitalização e morte entre aqueles que contraem o vírus, por exemplo”, afirma. “É fundamental se manter ativo durante o período da pandemia, sendo atleta ou não.”

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Contato:  Maria Fernanda 

Fone 21 97234-8844