A bike tem o poder de transformar vidas. Quando conseguimos conquistar coisas que achamos impossíveis, somos munidas de uma autoconfiança e poder que nos transforma em todos os sentidos da nossa vida. Quando depois de muito tentar você consegue chegar no fim de uma montanha, ou, completar um desafio de 100 km por exemplo, você passa a acreditar que pode fazer qualquer coisa, se houver dedicação, disciplina, paciência e coragem.

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Você também melhora a sua autoimagem.

Empoderamento, confiança, segurança estão também associados à autoimagem. Ela pode ser física ou não. Apesar de a bike também trazer muitos benefícios físicos, pois, ajuda a emagrecer e trabalha os músculos, o maior benefício é como olhamos pra gente no espelho como um todo. Gostar do que vê no espelho, sentir-se bem consigo mesma, se amar, cuidar de si mesma é o que melhora nossa autoimagem.

Conhecer seus limites, saber até onde você poder ir, ou ir além do que você imaginava chegar, faz com que você se conheça melhor. Conheça seu corpo, mas, principalmente a sua mente. A bike ensina você a olhar pra dentro de si e se enxergar e a se aceitar com todos os “defeitos” e “qualidades” que possui.

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Veja o que a Beatriz Parra, ciclista que começou a pedalar depois dos 40 tem para nos dizer:

“Até eu começar a pedalar achava que não tinha “jeito” para esportes de competição. Me achava fraca e sem capacidade emocional para encarar provas com propósito de atingir efetivamente resultados satisfatórios. Me auto boicotava falando que “não era para mim”. Logo nos primeiros meses pedalando já vi toda minha teoria cair por terra. Não só percebi que sim, eu podia, mas sim, eu amava e passou a ser uma das minhas grandes motivações para os treinos semanais. Quando me vi rompendo essa barreira, percebi que podia replicar esse ímpeto para minha vida como nova forma de energia de conquistas tanto na vida pessoal quanto profissional. Percebi que antigos conceitos e valores não regiam mais meu dia a dia, foi como se ativasse um novo potencial para seguir meus instintos, aguçar minhas competências e repensar minhas novas metas. Me tornei mais ativa, mais focada e principalmente mais confiante”.


Percebi que antigos conceitos e valores não regiam mais meu dia a dia, foi como se ativasse um novo potencial para seguir meus instintos

– Beatriz Parra

Desde que nascemos já somos desafiados. Temos que aprender a mamar, aprender a falar, aprender a andar. E assim, seguimos nossas vidas. Aprendendo coisas novas e vencendo desafios. Muitos livros de autoajuda explicam. Com a bike, o desafio é constante e infinito. Sempre terá uma subida ou descida que vai te desafiar e você vai querer treinar para conseguir fazer. Sempre terá um percurso diferente para explorar e uma conquista para vibrar. A sensação do desafio cumprido depois de tanto esforço é viciante e faz com que a gente queira sempre mais. Caminho sem volta.

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“Formar mulheres fortes. Não fortes só na bike, mas, fortes na vida, e a bike é uma ferramenta para essa transformação. Quero promover o acolhimento e iniciação de mulheres no ciclismo com muita segurança, experiência e amor, entretanto, acima disso tudo está o incentivo à autonomia e independência. O DNA da mulher ciclista é baseado em autossuficiência.”

Gisele Gasparotto