The Castles Quest nasceu em 2017, como uma iniciativa das 12 aldeias históricas de Portugal (Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso) localizadas no interior central do país, para divulgação da Grande Rota 22.

o desafio existem duas opções de batalha sobre a bike; uma de 8 dias e quase 600 km (a rota em sua totalidade) e outra de 2 dias e 330 km (o loop Norte). Na de oito dias são contempladas as doze aldeias, já na de 2 dias são oito aldeias. O percurso segue a Grande Rota 22, uma rota marcada que une todas as aldeias através de trilhas e caminhos onde a natureza é abundante.

O evento The Castles Quest deve ser realizado em autossuficiência, ou seja, é da responsabilidade do atleta todo o planejamento dos dias e gestão de como irá completar a totalidade do percurso dentro do tempo limite exigido, definir onde dormir, onde comer etc… Não existe classificação nem disputa entre os participantes, apenas a batalha e superação individual, em que os bravos cavaleiros são recompensados com um certificado de conquista no final. É uma maneira que possibilita que a exploração seja feita sem pressa para descobrir os castelos, construções romanas, e características individuais de cada rica aldeia.

Independentemente do conceito de autossuficiência, durante os dias do The Castles Quest a organização responsabiliza-se pelo acompanhamento do evento, pela assistência de segurança ou até mesmo apoio mecânico sempre que solicitado pelo participante, que vai munido de um localizador pessoal para sua segurança e controle.

The Castles Quest 2018

Nas duas opções de desafio, o número de participantes inscritos chegou a quarenta. Na sua segunda edição, o The Castles Quest promovido pelas aldeias históricas não tem custo de inscrição. O atleta somente paga um valor para a organização de 50 euros referente ao tracker (localizador GPS) que leva durante os dias, e recebe de volta na sua devolução.

O viajante pode escolher a quilometragem que pedalar por dia e gerir a mesma da maneira que optar, embora na minha opinião, o ideal acaba ser por seguir os planos sugeridos pela organização. Porque dessa forma é possível ter mais acesso ao apoio do staff durante o percurso; banhos e chão duro (nome dado para a hospedagem oferecida em ginásios esportivos ou pavilhões). Não há custos para ficar nos pavilhões e tomar banho onde existe o apoio, mas também é possível reservar hotéis e dormir em casas de turismo rural charmosas e confortáveis com pouco custo.

O conceito de autossuficiência é uma cicloviagem onde é preciso carregar tudo o que se precisa para oito dias. Nos dias longos e de altimetria muito pesada, a organização ajudou os viajantes e deu uma aliviada no que levavam para que o sofrimento ficasse concentrado “apenas” no percurso. Apesar de já ser no outono, na semana fez muito calor, o que contribuiu ainda mais para a dureza do desafio.

Os atletas dos 8 dias permaneceram sempre juntos nas paradas finais, garantindo mesas compridas e fartas em jantares animados com histórias das mais variadas das conquistas do dia feitas sobre a bicicleta. Rapidamente o grupo estava integrado.

Na versão longa, quinze atletas largaram, apenas a Dri Boccia e eu de mulheres. Oito foram os que completaram o trajeto completo dentro do tempo estipulado. O percurso é extremamente exigente; são 600 km com uma altimetria acumulada de 13 mil metros em oito dias, que divididos pela organização ficaram assim:

Linhares da Beira > Piódão

82 km / 2.400 m ascensão.

Piódão > Castelo Novo

85 km / 3.000 m ascensão.

Castelo Novo > Monsanto

64 km / 1.200 m ascensão.

Monsanto > Belmonte

95 km / 1.700 m ascensão.

Belmonte > Almeida

112 km / 2.000 m ascensão.

Almeida > Castelo Rodrigo

35km / 300 m ascensão.

Castelo Rodrigo > Trancoso

69 km / 1.600 m ascensão.

Trancoso > Lineares da Beira

47 km / 800 m ascensão.

Os bravos que escolheram fazer o desafio em dois dias sofreram mais com distâncias e acumulados brutais. Passaram por oito aldeias: Linhares da Beira, Belmonte, Sortelha, Castelo Mendo, Almeida, Castelo Rodrigo, Marialva e Trancoso, que estavam concentradas nessas condições:

Linhares da Beira > Almeida

185 km – 4.000 m ascensão

Almeida > Linhares da Beira

145 km – 2.650 m ascensão

Dos 21 atletas que largaram para a “curta” e concentrada batalha, apenas treze cavaleiros completaram o percurso em sua totalidade, entre eles a única mulher; Filomena Paulo, campeã master nacional em 2018 de XCO, estrada de fundo, contrarrelógio e pista. Ela completou o desafio, entre os primeiros, e chegou como se nada fosse.

Impressões Flower People Team

600km, 8 dias, 12 aldeias e muitos castelos

Para a Flower People Team foram 82 horas de viagem, muitas em cima da bike e outras tantas fora dela. Um desafio diferente de tudo que a gente já fez na vida.

A distância e altimetria da prova são muito parecidas com a Brasil Ride, mas não existem cortes. Havia uma meta e tempo limite para os 600 km, porém a gestão de tempo e quilometragem ao longo de cada dia eram uma escolha pessoal, o que possibilitava paradas para comer, beber, descansar ou até mesmo visitar castelos, sem pressa ou pressão.

Desde sempre resolvemos seguir a divisão dada pela organização do evento. Porque assim dormiríamos sempre nas aldeias históricas e teríamos o pouco tempo que fosse para conhecer a beleza dos lugares e histórias locais.

A rota é encantadora. As doze aldeias são completamente diferentes; tem características próprias e marcantes. Mas a alma da nossa aventura não esteve somente nas aldeias, esteve também na ligação dos lindos caminhos remotos no meio do monte. Onde o silêncio nos encheu de paz. Esteve também nas amizades e laços fortíssimos que fizemos; na cumplicidade selada ora pelo sofrimento, ora diversão. Ambos andaram juntos.

The Castles Quest foi uma corrida de aventura, em que em muitos dias assistimos o entardecer e a noite chegar sobre a bicicleta. A lua cresceu ao longo dos dias para em Linhares da Beira iluminar a conquista final.

Nossa dupla virou trio. Moab, o natalense, aderiu diversão e risadas aos nossos longos dias. Os únicos três brasileiros no Castles Quest. Nunca houve mal tempo. Literalmente. Rimos do começo ao fim.

A falta do fator competitivo, onde não importa a classificação, tira peso, tira responsabilidade. Trouxe camaradagem e entreajuda. Fez da viagem o destino. O The Castles Quest foi intenso, inesquecível e mágico. Foi uma vida concentrada em 8 dias.

Impressões dos atletas

As opiniões são as mesmas no que diz respeito a conhecer as aldeias históricas. Mesmo para os portugueses, o destino escolhido é um dos maiores apelos a encarar o desafio. Imagine para nós, brasileiros, então.

“O interior de Portugal possui montanhas e vales de vista impressionantes e as aldeias de xisto são maravilhosas e mágicas. Juntar isso a 8 dias de bicicleta era um sonho antigo para mim.” – Carlos Muralha.

“Uma oportunidade de reconhecer uma das regiões mais bonitas do país e toda a sua gastronomia através de trilhos fabulosos com a minha bicicleta.” – João Mesquita.

“Uma forma completamente diferente de conhecer o interior do país, da perspectiva de uma bicicleta a visão com que ficamos é totalmente diferente, você passa e conhece os locais que não conheceria de outra forma. O contato com as pessoas é outro.” – Sergio Rocha.

“Foi um misto de motivações, desde logo por conhecer de forma diferente 12 aldeias históricas de Portugal, pelo desafio de pedalar por 8 dias por sítios fantásticos, que jamais ficaria a conhecer se fosse de carro. Pela superação pessoal. Bem como pelo grupo que tive o privilégio de conhecer, assim como todo o staff que foi do melhor. Uma experiência de vida inesquecível mesmo.” – José Carlos.

As Doze Aldeias Históricas de Portugal

Um destino com 12 lugares para descobrir, viver e desfrutar. A rede das aldeias históricas de Portugal, situada no centro do país, é formada por 12 aldeias que preservam os traços arquitetônicos de tempos imemoriais, os costumes ancestrais das suas gentes e as belezas naturais de uma das regiões mais encantadoras do país. Tudo isto sem falar numa estrutura em termos de alojamento, gastronomia, lazer, percursos para pedestres de pequena e grande rota, para fazer caminhando ou pedalando. Um destino para ver, respirar, tocar, ouvir e sentir os sabores da história.
As aldeias tem características singulares e personalidades completamente diferentes, o que torna a descoberta ainda mais rica e memorável. Castelos, lendas e muita história. Aqui um pouco de cada uma delas:

Almeida

Uma experiência que começa logo ao passar pelas portas imponentes da fortaleza, consideradas monumentos únicos da engenharia militar. Mas é dentro das muralhas – em forma de estrela – que sente-se o ambiente repleto de história. Ao longo dos séculos, a trajetória de Almeida foi construída com coragem, capacidade de resistência e sangue dos heróis que ali perderam a vida. A narrativa dos séculos está ligada a defesa das fronteiras. Almeida é uma aldeia que leva o visitante a uma outra dimensão.

Belmonte Foto de abertura

Lá do alto do castelo, as janelas e as namoradeiras permitem um olhar largo sobre a paisagem verdejante. A Cova da Beira está emoldurada pela Serra da Estrela, lá ao fundo. Ali mesmo ao pé, o casario eterna-se por ruas amplas ou ruelas estreitas que se abrem para os visitantes para revelar os seus segredos. É a terra natal de Pedro Álvares Cabral, o membro mais notável de uma família da nobreza local. A presença do navegador pode ser sentida em diversos lugares, como o imponente castelo de Belmonte, que já foi da família Cabral.

Castelo Mendo

Inserida na agreste paisagem que rodeia o rio Côa, a aldeia de Castelo Mendo foi, durante a Idade Média, um núcleo urbano de grande importância, devido à sua proximidade com a fronteira e às características defensivas de excelência que apresentava à época da fundação da nacionalidade.

A sua ocupação recua à Idade do Bronze, havendo vestígios de um povoado romano no perímetro urbano. Porém, foi com a Reconquista Cristã que, à semelhança de muitas povoações fronteiriças, Castelo Mendo ganhou uma nova importância pelo seu papel estratégico na defesa da fronteira de Riba-Côa face aos vizinhos reinos de Leão e Castela.

Foi D. Sancho II que, em 1229, deu o passo decisivo na transformação do povoado, com a doação de foral e a criação da feira franca, que ali passou a realizar-se três vezes ao ano, trazendo para Castelo Mendo desenvolvimento econômico e, consequentemente, crescimento urbano. Ao mesmo tempo, o monarca teria mandado edificar o primitivo reduto muralhado que protegeu o povoado medieval.

Hoje, Castelo Mendo conserva ainda a sua antiguidade, onde as muralhas guardam um conjunto edificado de memórias históricas, com casas de janelas manuelinas e varandas alpendradas.

Castelo Novo

Nascida numa colina subjugada às fragas da Serra da Gardunha, a aldeia de Castelo Novo está ligada aos primórdios da nacionalidade. Foi em 1208, no reinado de Sancho I, que Pedro Guterres doou a terra – de que era donatário – em testamento aos Cavaleiros Templários, e crê-se que nesta época o castelo estaria já em construção.

Décadas mais tarde, D. Dinis mandou renovar sua estrutura, e foi esta a campanha de obras que deu à fortaleza de Castelo Novo as características góticas que ainda hoje apresenta.

A Serra da Gardunha forma um anfiteatro natural, onde o espetáculo é protagonizado por pessoas que sabem receber em seu rico patrimônio arquitetônico.

Castelo Rodrigo

Quem passa pela estrada, no sopé da Serra da Marofa, sente um irresistível convite para subir ao cabelo onde está Castelo Rodrigo.

A história do maciço da Serra da Marofa perde-se em lendas, que atribuem a origem de Castelo Rodrigo aos Vetões e a uma fortificação que ali teriam construído. Mas na realidade, os vestígios mais recuados de ocupação do território datam da Idade Média, e o castelo que se ergue imponente, protegendo a povoação medieval de Castelo Rodrigo, foi fundado por Afonso IX de Leão. Depois da campanha em que as tropas cristãs reconquistaram o território de Riba-Côa aos muçulmanos, o rei estabeleceu uma linha defensiva formada por um conjunto de fortificações ao longo da margem do rio Côa. Integrando esta linha defensiva, a primitiva fortaleza de Castelo Rodrigo foi concluída em 1209.

No presente, a vila de Castelo Rodrigo mantém a característica medieval, rodeada por imponentes muralhas que recordam a identidade de uma história tantas vezes repartida entre os dois lados da fronteira. As ruínas do castelo medieval, com seu tom amarelado, atraem olhares. Os que não resistem ao apelo e se embrenham na experiência descobrem uma aldeia cheia de encantos e mistérios.

Idanha-a-Velha

A história da aldeia vem desde o período romano, quando foi edificada a famosa Egitania, que deixou um rico patrimônio arqueológico para a posteridade. E uma história escrita na pedra e preservada no Arquivo Epígrafico, que abriga uma das mais completas coleções do gênero em Portugal.

Uma curta caminhada permite estar num universo monumental onde estão a muralha romana, a Sé Catedral e a torre dos Templários. Mas nenhuma visita estava completa sem um olhar sobre o rio Pônsul, que passa calmo sob a ponte romana no seu caminho em direção ao Tejo.

Linhares da Beira

Implantada na encosta noroeste da Serra da Estrela, a vila de Linhares da Beira ergue-se no meio de uma magnífica paisagem.

O castelo que hoje se ergue majestoso sobre um enorme maciço granítico é uma obra do tempo de D. Dinis, tendo sido o Rei Lavrador quem mandou edificar aquela que é considerada uma das mais importantes fortalezas góticas da Beira Interior.

A vila cresceu à sombra das suas muralhas, percorrida por ruas sinuosas e casas de granito com gárgulas, portais e janelas manuelinas, a antiga judiaria medieval e os solares barrocos, contando a sua história nas pedras dos edifícios.

Também muito conhecida por praticantes de parapente, a aldeia tornou-se a Catedral do Parapente, um templo para praticantes de todo o mundo, que vão a Portugal participar de importantes competições.

Marialva

Marialva é dotada de um notável patrimônio histórico, arquitetônico e paisagístico. Ao mesmo tempo, é um lugar de mistérios, lendas e encantos. A origem da aldeia é remota e perde-se nos tempos. Há quem defenda a tese de que o lugar foi ocupado pelos aravaros, tribo lusitana que impôs dura resistência aos romanos, durante a ocupação.

Do alto do penedo dá pra reconhecer a paisagem marcada pela proximidade do rio Côa. Hoje, com o seu castelo imponente, as muralhas e a sólida torre de menagem a emergirem dos penedos, Marialva destaca-se na paisagem da Beira interior, erguendo-se como uma memória dos tempos medievais.

Monsanto

Ha décadas foi escolhida como a “aldeia mais aldeia de Portugal”. Uma justa distinção para uma aldeia que é a expressão do engenho e da resiliência de seu povo. A edificação de Monsanto, numa inóspita encosta granítica, durou séculos e foi feita sob as mais duras condições.

A aldeia foi conquistada por Afonso Henriques, sendo doada pelo monarca aos Cavaleiros Templários, que aí ergueram o primitivo castelo. A coroa intentou fixar a população naquele lugar íngreme e de difícil acesso, e ao longo da Idade Média Monsanto foi um importante centro regional de comércio.

Nas épocas que se seguiram, a aldeia foi perdendo a sua importância e, gradualmente, diminuiu também o aglomerado populacional, embora a sua utilização como inexpugnável posto de defesa da região se tenha mantido até ao século XIX.
Monsanto nunca perdeu a aura de aldeia medieval, sendo talvez esta a sua característica mais marcante. Suas ruelas são íngremes, desenhadas por casas embutidas nas pedras e quintais verdejantes, que levam ao Castelo no topo do monte.

Piódão

A Aldeia presépio. A experiência começa já na passagem pela Serra do Acor, com seu relevo indomável, uma paisagem inóspita e um verde que insiste em dominar todo o ambiente. E eis que, encravada no outro lado da Serra, a aldeia de Piódão revela-se imprevista, surpreendente, sedutora. Uma das imagens mais icônicas de Portugal.

As construções erigidas ao redor dos socalcos e os tons escuros do xisto dominam a paisagem, mas o azul nas portas e janelas das casas produz um contraste singular. Quem caminha pelas ruelas de Piódão aprende uma lição sobre arquitetura dos homens comuns, no desafio de fazer frente aos rigores da natureza.

Sortelha

Implantada num maciço granítico junto à Serra de Opa, Sortelha é um pequeno povoado que manteve a sua tradição medieval. As casas, cercadas pelas muralhas do imponente castelo, acompanham a irregularidade do terreno. O local onde está estabelecida, cuja disposição de difícil acesso facilitava a defesa em ataques inimigos, sempre mostrou evidentes vantagens estratégicas militares.

À primeira povoação seguiram-se as ocupações romana, visigoda e muçulmana, até que depois da Reconquista Cristã a proximidade de Sortelha com o vizinho reino de Castela se revelou fundamental para que D. Sancho I incentivasse o seu repovoamento.

Sortelha mantém o seu legado medieval, o casario que se espraia como um regular anfiteatro de granito aninhado entre as muralhas, à sombra da silhueta altiva da torre de menagem, memória das primeiras histórias de Portugal.

Trancoso

Trancoso é uma aula de história em pedra, mantendo a solenidade dos tempos medievais, em que o imponente castelo e as suas quinze torres protegiam a sua fronteira e a aura de glória de ter sido cenário de uma brava defesa da independência nacional.

Trancoso surge imponente à sombra do seu castelo. O centro histórico da vila, rodeado por muralhas, deixa-nos descobrir as fachadas das casas antigas, onde pedras regulares de granito acompanham o traçado sinuoso das ruas que se mantém desde tempos medievais.

O castelo, construído entre os séculos VIII e IX se destaca na paisagem da vila.

The Castles Quest 2019

O The Castles Quest já tem data prevista para 2019. Em setembro do ano que vem a largada e base de prova serão diferentes de Linhares da Beira.

“A ideia é variar todo ano, sempre contemplando as 12 aldeias e as trilhas maravilhosas da GR22 que as unem”,completa a organização.

Dicas para se desafiar no The Castles Quest

Se empolgou e quer encarar o desafio no ano que vem?
Então anota aí:

Treine que nem gente grande; o fato de não ser uma competição não diminui a exigência e dureza do desafio. Os dias em cima da bike são longos e duros. O percurso tem trechos bem técnicos, downhills cheios de pedra, além de muitas subidas, principalmente nos dois primeiros dias.

Viaje leve; aprenda a levar somente o necessário, como a roupa do corpo e uma extra. Lembre-se que poderá parar em bares e restaurantes pelo caminho, o que ajuda a diminuir o volume de comida que deverá levar.

Entenda sua bike; a o mínimo de mecânica para se sentir autossuficiente.

Tubeless; é essencial estar com uma bike revisada e em boas condições, e o uso de tubeless (pneu sem câmara) deveria ser obrigatório. No percurso, existem muitas silvas (vegetação da região que tem muitos espinhos), e muitos atletas tiveram que ser socorridos pela organização porque ja não tinham mais câmaras extras.

Escolha o seu tipo de hospedagem; dormir em hotéis/pousadas tem vantagens porque descartam a necessidade de levar saco de dormir, toalhas etc.

Pesquise sobre as aldeias; a viagem fica mais interessante e completa se você chega aos lugares já sabendo um pouco de sua história.

Aproveite a viagem; não hesite em parar e conversar com os locais. A experiência fica mais rica em histórias, assim se descobrem lugares diferentes, peculiaridades, lendas e aquela fonte de água fresquinha que quase ninguém sabe onde fica.

Agora se ainda assim você acha que o desafio pode ser muito, escolha uma data que lhe convém e faça a GR22 no seu ritmo, percorra as aldeias históricas da sua maneira, escolha suas paradas e invente a sua viagem. Bons pedais!

Texto Luli Cox e divulgação Aldeias Históricas

Fotos The Castles Quest, Aldeias Históricas e Moab Felip