Empresas desenvolveram aplicativos que permitem administrar o uso de uma frota. Novidades vão de apps que permitem aluguel das bikes até motores elétricos que auxiliam os ciclistas.

Recentemente, a opção de alugar bicicletas disponíveis nas ruas fez com que elas se tornassem um veículo ainda mais usado pelas pessoas. Empresas desenvolveram aplicativos que permitem administrar o uso de uma frota. As bikes ficam estacionadas em pontos específicos, mas, ao serem usadas, podem ser devolvidas em qualquer lugar. Ali, elas aguardam que outro usuário se conecte rumo a outro destino.

Em Florianópolis, dois aplicativos começaram a oferecer este serviço no fim de 2018, e a febre se confirmou ao longo deste ano. As pessoas aderiram à nova modalidade. Se antes o que se via eram ciclistas na orla da avenida Beira-Mar Norte, e alguns outros, ainda tímidos, tentando se aventurar nas poucas opções junto ao trânsito, agora é comum ver as pessoas se deslocando para compromissos diversos com as amarelinhas.

Dalmo Ouriques é fotógrafo e troca o carro pela bike alguns dias na semana para ir trabalhar. Se antes ele gastava gasolina, agora gasta calorias. Pedalar todos os dias só aumentou sua qualidade de vida.

“Eu trabalho em um local que tem muito trânsito. Venho de bicicleta e faço em menos tempo do que de carro. Além disso, eu já faço um atividade física. Indo e voltando eu cumpro um tempo de atividade que eu teria que fazer”, conta.

Outros recursos

Além da tecnologia dos aplicativos, que garantem o serviço de aluguel, as bicicletas podem contar com outros recursos tecnológicos, como um motor elétrico que auxilia o ciclista, exigindo menos esforço em determinadas situações.

Há casos, porém, em que o motor elétrico torna a bicicleta mais potente, permitindo ao usuário ser um pouco mais ousado nas pedaladas e também sendo exigido Carteira de Habilitação para motocicleta, dependendo a quantidade de cilindradas da bicicleta.

Segundo o empresário Rubem Xavier Mastela, o novo modelo que chegou ao mercado é voltado para diversão. “Não é uma bicicleta só para diversão. Caso você queira fazer força, também dá. É uma bicicleta mais segura, preparada para descidas, e conta com outras tecnologias também. Tem pneu sem câmara para vedar o furo, se acontecer. A suspensão é grande, o modelo é confortável. Sem falar que o motor pode dar quatro vezes mais potência a ela”, explicou.

Produção de bicicletas

Para muitos, as bicicletas estão ligadas ao lazer. Para outros, a prática esportiva é a sua principal utilidade. Há quem opte por pedalar por uma questão de sustentabilidade, para reduzir o número de veículos congestionando as ruas e poluindo o meio ambiente. E todas essas motivações para andar de bicicleta fez com que aumentasse também a produção.

Até novembro deste ano a produção de fabricantes instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) chegou a 899.177 unidades, de acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

Deste total, a região Sudeste ficou com o maior volume de bicicletas produzidas no PIM, mais de 56% das unidades. A região Sul vem logo na sequência, tendo recebido mais de 163 mil unidades.

Em novembro, o ranking se manteve: o Sudeste na liderança com mais de 43 mil bicicletas recebidas, seguido pelo Sul , que recebeu mais de 16 mil unidades. A diferença é que o Sudeste apresentou uma queda de mais de 7% em relação a novembro de 2018, enquanto o Sul teve alta acima de 5%.

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