Ciclismo virtual

O diretor esportivo do Comitê Olímpico Internacional deixou a porta aberta à incorporação dos e-sports nas futuras edições dos Jogos com o argumento de que são reproduções físicas de esportes existentes e, em casos como o ciclismo, são protegidos pela federação internacional e tem até com campeonatos próprios.

Não há dúvida de que a ascensão dos eSports é imparável e aos poucos eles começam a ser considerados autênticas disciplinas desportivas. Tanto é que nem o Comitê Olímpico Internacional descarta que futuramente possam ser incluídos no programa olímpico, como deixaram claras declarações de Kit McConnell, diretor esportivo da organização, a um jornal britânico.

“Quando é uma réplica completa de um esporte tradicional e é regulamentado pela respectiva federação internacional, a porta está aberta. O melhor exemplo é o ciclismo de estrada e a colaboração entre a UCI e a Zwift antes, agora com o MyWhoosh”, disse McConnell.

Esta afirmação coincide com o anúncio do COI de estabelecer uma espécie de Jogos Olímpicos para jogos eletrônicos independentemente dos eventos olímpicos habituais, que daria continuidade à Semana Olímpica dos Esportes Eletrônicos, que se realizará em junho em Singapura, com versões virtuais de tiro com arco e basebol, basquete, xadrez, ciclismo, dança, esportes motorizados…

Assim, continua a abertura do movimento olímpico para disciplinas mais ligadas aos jovens, como pudemos verificar nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em que o BMX e o skate foram incluídos no programa, ou o breakdance, que será adicionado ao programa dos próximos jogos de Paris. De qualquer forma, com os programas Paris 2024 e Los Angeles 2028 já encerrados, o mais cedo que poderíamos ver os esportes virtuais como disciplinas de jogos seria em Brisbane, no ano de 2032.

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