Imagine viajar para um local que, além de uma natureza belíssima e muito diferente da que conhecemos no Brasil, tenha uma história vibrante de mais de dois mil anos, envolvendo impérios, religiões e desbravadores. Adicione conhecer de barco algumas das milhares de pequenas ilhas do mar azul turquesa do mediterrâneo, e ao chegar em cada uma dessas ilhas explorá-la no ritmo das pedaladas. essa experiência intensa é o que vemos na viagem de bicicleta e barco na região da Dalmácia, no sul da Croácia.

© Jonatha Jünge e Eduardo Green
© Jonatha Jünge e Eduardo Green
© Jonatha Jünge e Eduardo Green

Tudo começa em Dubrovnik, antiga cidade-estado do século XIII, que viveu sua época áurea com o comércio anterior às grandes navegações. Ali embarcamos na escuna de 100 pés (33 metros), nossa base durante uma semana de aventuras no Mar Adriático. O barco equipado com suítes é o local de pouso e de todas as refeições, e cada uma foi um espetáculo gastronômico único.

© Jonatha Jünge e Eduardo Green
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A cada dia, o barco nos deixa em uma ilha da Dalmácia, como Hvar, que os gregos há 2.500 anos batizaram de Faros e hoje é a Ilha das Lavandas, ou Korcula, possível local de nascimento de Marco Polo, ou ainda Mljet, sede de um dos lindos parques nacionais da Croácia.

© Jonatha Jünge e Eduardo Green

Ao descer do barco, já nos deparamos com pequenas vilas construídas em pedra calcária. Bastam algumas pedaladas para estar entre oliveiras e vinhedos, subindo uma montanha que descortina um visual panorâmico de recuperar o fôlego. Depois da inevitável e recompensadora descida, uma parada estratégica para um café ou sorvete e o reencontro com o barco para o almoço, um banho no mar incrivelmente transparente ou a ida para mais uma ilha.

© Jonatha Jünge e Eduardo Green

Diante de tanta beleza e história, dá vontade de seguir o mesmo destino de Ulisses, que atraído pelo encanto da ninfa Calipso, acabou ficando sete anos na ilha Hvar. Ao menos os primeiros sete dias estão garantidos!

© Jonatha Jünge e Eduardo Green

Dados:
• 8 dias de viagem;
• Média de 40 km por dia;
• Opção de roteiros em trilhas (MTB) ou apenas caminhos pavimentados;
• Dificuldade variável: é possível desde fazer trilhas técnicas de MTB até pegar uma bicicleta elétrica para conhecer as vilas próximas do píer por conta própria – tudo disponível com os guias no barco.

Quando ir
• De maio até outubro, quando o tempo é quente, a água agradável e chove muito pouco.
• De 13 a 20 de outubro de 2013 há um roteiro com guia brasileiro.

O que levar
• Vale a pena alugar uma bicicleta lá, que são ótimas e nada caras. Assim não há a preocupação em carregar a sua no avião.
• Economizar no tamanho da bagagem, pois num barco os espaços são reduzidos.
• É Europa mas faz muito calor: prefira roupas leves e traje de banho.

© Jonatha Jünge e Eduardo Green

Quem leva
Caminhos do Sertão Cicloturismo – www.caminhosdosertao.com.br