Imagine viajar para um local que, além de uma natureza belíssima e muito diferente da que conhecemos no Brasil, tenha uma história vibrante de mais de dois mil anos, envolvendo impérios, religiões e desbravadores. Adicione conhecer de barco algumas das milhares de pequenas ilhas do mar azul turquesa do mediterrâneo, e ao chegar em cada uma dessas ilhas explorá-la no ritmo das pedaladas. essa experiência intensa é o que vemos na viagem de bicicleta e barco na região da Dalmácia, no sul da Croácia.
Tudo começa em Dubrovnik, antiga cidade-estado do século XIII, que viveu sua época áurea com o comércio anterior às grandes navegações. Ali embarcamos na escuna de 100 pés (33 metros), nossa base durante uma semana de aventuras no Mar Adriático. O barco equipado com suítes é o local de pouso e de todas as refeições, e cada uma foi um espetáculo gastronômico único.
A cada dia, o barco nos deixa em uma ilha da Dalmácia, como Hvar, que os gregos há 2.500 anos batizaram de Faros e hoje é a Ilha das Lavandas, ou Korcula, possível local de nascimento de Marco Polo, ou ainda Mljet, sede de um dos lindos parques nacionais da Croácia.
Ao descer do barco, já nos deparamos com pequenas vilas construídas em pedra calcária. Bastam algumas pedaladas para estar entre oliveiras e vinhedos, subindo uma montanha que descortina um visual panorâmico de recuperar o fôlego. Depois da inevitável e recompensadora descida, uma parada estratégica para um café ou sorvete e o reencontro com o barco para o almoço, um banho no mar incrivelmente transparente ou a ida para mais uma ilha.
Diante de tanta beleza e história, dá vontade de seguir o mesmo destino de Ulisses, que atraído pelo encanto da ninfa Calipso, acabou ficando sete anos na ilha Hvar. Ao menos os primeiros sete dias estão garantidos!
Dados:
• 8 dias de viagem;
• Média de 40 km por dia;
• Opção de roteiros em trilhas (MTB) ou apenas caminhos pavimentados;
• Dificuldade variável: é possível desde fazer trilhas técnicas de MTB até pegar uma bicicleta elétrica para conhecer as vilas próximas do píer por conta própria – tudo disponível com os guias no barco.
Quando ir
• De maio até outubro, quando o tempo é quente, a água agradável e chove muito pouco.
• De 13 a 20 de outubro de 2013 há um roteiro com guia brasileiro.
O que levar
• Vale a pena alugar uma bicicleta lá, que são ótimas e nada caras. Assim não há a preocupação em carregar a sua no avião.
• Economizar no tamanho da bagagem, pois num barco os espaços são reduzidos.
• É Europa mas faz muito calor: prefira roupas leves e traje de banho.
Quem leva
Caminhos do Sertão Cicloturismo – www.caminhosdosertao.com.br