Do destino
Muitos fatores são levados em consideração na escolha de um destino para cicloviagem; valores, logística, segurança, e por aí segue.
A Nova Zelândia parece concentrar todos os quesitos para uma viagem perfeita; um dos países mais seguros do mundo para esse fim, inclusive para mulher viajar sozinha, estradas bem conservadas, motoristas educados, belezas naturais de tirar o fôlego (subidas também); um país de exploradores pronto para receber ciclistas e aventureiros viajantes.
Da rota
Pensando na logística de querer viajar somente num sentido, escolhi as cidades que tinham voos de chegada e partida que facilitassem a viagem, levando em consideração o tempo que tinha disponível (treze dias). Fatores que acabaram por definir o sentido de viagem, assim como o ponto de largada e chegada: a saída seria de Queenstown e a chegada em Picton. Passei noventa e nove por cento da viagem na ilha sul do país, com travessia de barco no final da viagem para a ilha norte.
Peguei o percurso de um site neozelandês, um randonneur famoso que uma amiga local me indicou, embora estivesse fazendo ele no sentido contrário (sul-norte).
Da época
A Nova Zelândia mesmo no verão não é tão quente. Em dezembro foram dias de sol, alguns de chuva, e para assustar, logo no primeiro dia na travessia de uma serra peguei neve!
Talvez a época primavera/verão seja mesmo a melhor para se viajar pelo país das ovelhas, porque possibilita a exploração das montanhas mais altas e viabiliza o transporte de menos peso.
Da bicicleta
A bicicleta foi escolhida na véspera da viagem, em uma bicicletaria em Queenstown (a capital mundial dos esportes radicais); uma Cruiser com sete marchas, que o vendedor da loja disse que poderia me levar até a esquina, mas com experiências em viagens anteriores sabia que a bicicleta cumpriria com o planejado. Comprei a bicicleta porque seu valor sairia inferior ao valor que pagaria para transportar uma bicicleta em companhias aéreas ou mesmo se resolvesse alugar algo parecido por tantos dias.
Com uma bicicleta nova, não tive que me preocupar com a logística de devolvê-la e nem transportá-la. Com destino traçado, a bicicleta que mal me levaria até a esquina acabou por me levar até o outro lado do país sem nenhuma avaria ou contratempo.