A RAINHA DO CICLOTURISMO NA ITÁLIA

O cicloturismo na Italia com um toque Brasileiro. 

Sim, isso mesmo!

Ela é a Cecília, mas para os amigos somente Ceci. 

Não há ciclista que ao pensar em pedalar na Europa não tenha escutado o nome dela. 

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Já muito conhecida no Brasil, o seu profissionalismo está brilhando na Europa. Nos últimos anos seu trabalho foi reconhecido por importantes jornalistas europeus, sendo citada na coleção de livros “Italia in bicicletta” da editora La Repubblica e National Geografic, além de revistas de setor e blogs especializados. 

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Claro que a gente não podia perder a oportunidade de entrevistar. 

P: Sabemos que vc fez muita estrada, mas continua sendo a Ceci de sempre.  Estamos curiosos em saber como vc fez essa escalada na Europa. 

R: Simples, como se diz no gergo italiano da bicicleta: testa bassa e menare, ou seja cabeça baixa e dar duro. 

Muito trabalho, muita dedicação e muito amor pelo que faço, isso é essencial. 

Como cheguei até aqui é uma long história, daria para escrever um livro (risadas). São mais de 20 anos de estudo, trabalho, cursos e experiências; tudo isso me formou e me deu grandes possibilidades. 

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P: Mas você começou com a agência de turismo aqui no Brasil, certo?

R: Sim! Organizo viagens de bike para brasileiros desde 2013, o primeiro grupo que fiz foi com o Clube do cicloturismo; 98 ciclistas! Loucura, mas nunca tive medo de nada, pelo contrário, o difícil me desafia; exatamente como um ciclista que quer conquistar uma montanha. A Italybiketour continua crescendo cada vez mais, mas abertura de um local na Italia deu um grande impulso na minha vida profissional. Inicialmente foi como uma vetrine e hoje é um verdadeiro sucesso.

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P: Na sua opinião, qual foi o fator que te levou ao sucesso?

R: Acho que seria melhor fazer essa pergunta aos meus clientes (risadas). Fazendo uma análise posso dizer que alguns pontos influenciaram muito. 

Na época que comecei, não existia uma oferta específica para o mercado brasileiro. 

Por um lado, o fato de ser brasileira,  conhecer o mercado, a cultura e as necessidades dos brasileiros foi fundamental para idear as viagens dos sonhos. 

Por outro lado, o fato de ser italiana, conhecer muito bem este país, me deu a vantagem de combinar os dois aspectos e filtrar aquilo que realmente o brasileiro espera de ver, experimentar e viver por aqui. 

A Itália é linda, com certeza, mas nem tudo é interessante para a gente. 

Vou te dar um exemplo: uma vez fui convidada para conhecer um novo território, e “perdi” uma tarde inteira visitando uma casa feita de barro. A casinha era uma gracinha, sem dúvida, mas não é algo que possa interessar ao público brasileiro. 

Toda essa atenção em selecionar, em trazer sempre o melhor ao cliente, nos tornou uma agência com um altíssimo nível de fidelização. Temos clientes que fazem até 4 viagens ao ano conosco.

Amo fazer as pessoas felizes, e isto está dentro de mim, muito acima de aspectos financeiros!

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P: É com certeza um grande propósito de vida, e poder conciliar o que se ama com o próprio trabalho é o sonho de muitos. 

R: Sim, com certeza, mas nem tudo é fácil como parece. 

Nosso trabalho não termina quando os ciclistas apoiam a bike. Gerenciar imprevistos é o nosso pão cotidiano. 

Da troca de aeroporto no último minuto, a bagagem que não chega, à bike que chegou quebrada, ao resfriado, ao passaporte esquecido no cofre do hotel, etc. Temos que resolver problemas quotidianamente e a rapidez em resolver é fundamental. 

Uma vez o cliente chegou com a bike quebrada. Então de um lado corre para encontrar uma substituta, do outro já contatamos nossos parceiros que entraram com pedido de garantia de crash refund. 

Nosso trabalho vai muito além do que prometemos, é empatia, é se colocar no lugar do outro, é ajudar; vai além de serviços turísticos. 

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P: Isso é realmente um diferencial. Voce acha que essa forma de trabalhar tenha ajudado também no seu sucesso na Europa?

R: Com certeza! Na Europa o conceito de servir não é tao enraizado como no Brasil. Sabemos quanto o brasileiro gosta de ser bem recebido e tratado. Esse modo de trabalhar abriu o coração dos italianos e conquistar este mercado foi somente questão de oportunidade de mostrar a primeira vez. 

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P: Qual serão os planos para o futuro?

R: Eu nunca fico parada (risadas) e com certeza em breve ja estarei com novidades. 

Vou te dar de antemão: uma cycling house!

Uma belíssima Villa, perfeita para um grupo de ciclistas que querem serviços de excelência, privacy, atividade física, bem-estar e turismo. Tudo em um única casa. 

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Agora, Cecília, falando aos brasileiros que querem pedalar na Europa:

P: Que épocas do ano você recomenda aos brasileiros pedalarem na Europa?

R: A Europa tem lugares para se pedalar 365 dias ao ano! Desta forma é somente balancear alguns aspectos como estação do ano e condicionamento físico. Vou dar alguns exemplos: janeiro é um mês de inverno na Europa, mas na nas Ilhas Canárias, são ilhas espanholas localizadas na costa da África, que oferecem um ótimo clima, exatamente por isso é considerada a Meca dos profissionais no início do ano. Mas atenção: é uma ilha vulcânica, então somente sobe e desce e requer uma boa preparação física!

Se você é um cicloturista, gosta de curtir os lugares pedalando, e a performance não é o seu objetivo; meu conselho é pedalar entre março e junho, e entre setembro e outubro. Já se você é amante de desafios, adora uma montanha; então seu período ideal vai da metade de junho a metade de setembro. Mas atenção com o mês de agosto, na Europa é alta temporada do verão, preços caros e muito movimento nas estradas!

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P: Que regiões e roteiros você sugere aos brasileiros na Itália e demais países da Europa?

R: A Europa tem uma oferta enorme, é o melhor lugar para se pedalar no mundo! A primeira coisa a se fazer, para aconselhar alguém a escolher sua viagem, é entender o perfil do ciclista e o objetivo da viagem. Alguns roteiros mesclam bem turismo, gastronomia, história e bike, outros têm mais natureza e performance. Existem regiões, como por exemplo a Emilia Romagna e Marche, que oferecem uma variedade enorme de pedais. Aqui você consegue atender, seja o perfil do ciclista leisure que do ciclista de performance; além de oferecer várias atrações para os acompanhantes, transformando uma viagem de bike para uma viagem da família toda. Já na Espanha você pode encontrar essa variedade na Costa Brava. Na França, posso sugerir ficar nas proximidades de Avignon, ou na bela região da Alsácia. 

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P: Quantos dias são ideais à uma viagem assim?

R: Nós recomendamos sempre 5 dias de atividade de bike, mas sabemos que muitos preferem até mais dias. Isso realmente depende de cada um, depende do período de férias, se está com a família ou somente com amigos, etc. O ideal é sempre um mínimo de 3 dias para poder saborear mais essa experiência. Muitas vezes o primeiro dia pode suscitar ânsia, preocupação, adaptação à bike; e desta forma acabam não aproveitando o máximo do benefício de se pedalar. Com o passar dos dias, estes sentimentos evaporam e começa a verdadeira curtição!

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P: Que tipo de estrutura, acomodações e logística o brasileiro pode esperar ao contratar a Ceci?

R: O nosso único objetivo é fazer as pessoas felizes, e isso não seria possível se não tivesse uma correlação entre expectativa e realidade. Nosso ponto forte é com certeza nosso Staff que tem uma disponibilidade única com os clientes, sempre disponíveis em ajudar, auxiliar, resolver problemas, e isso vai muito além dos serviços prestados como agência; isso é pessoal, é caráter! Para mim o lado humano é extremamente importante, está em primeiro lugar.  Já em relação às acomodações, buscamos sempre as melhores opções entre localização, tradição e charme. Buscamos oferecer diversas experiências dentro da mesma viagem, para que a memória do que foi vivido seja relembrado quase como um sonho.