Os rastros do doping continuam a atingir o mundo do ciclismo

Pesquisadores identificaram microdoses de uma nova substância que teria já sido utilizada em 2016 e 2017 no pelotão internacional.

 Um novo ingrediente, o mesmo efeito. A nova substância é designada por H7379, hemoglobina humana, que ainda não se encontra disponível no mercado farmacêutico e que possui efeitos semelhantes à EPO, estando a ser detetada no ciclismo e outras modalidades desportivas. As recolhas efetuadas no decorrer da Volta à França em 2017, já foram analisadas pelo CADF (Fundação Antidopagem do Ciclismo) que teria detectado a substância em cerca de 50 corredores.

As revelações foram provocadas pela Operação Aderlass.  As investigações avançaram depois de um farmacêutico croata que fornecia Mark Schmidt, principal visado na Operação Aderlass, ter sido preso e confessado que abastecia o médico alemão. A H7379, hemoglobina humana, é um produto sintético com o mesmo efeito da EPO – o oxigénio absorvido nos pulmões chega aos tecidos mais rapidamente, beneficiando o desempenho dos atletas. Há quatro anos a substância não era detectada nos controles antidopagem como acontece atualmente.