Atividade trabalha respiração, ajuda no alinhamento dos joelhos e fortalece core e cintura escapular, condições básicas para uma boa pedalada.

Fisioterapeuta explica

Com a chegada da Covid-19, estamos evitando aglomerações e ambientes fechados. Assim, muitos trocaram os exercícios na academia por outras atividades, que possam ser realizadas sozinho e ao ar livre. Muitos encontraram essa alternativa na bicicleta. O ciclismo é uma ótima atividade física, porém é necessário preparar o corpo para as demandas dessa modalidade, tanto para diminuir o risco de lesões quanto para melhorar a performance. Veja como o pilates pode te ajudar a andar melhor na bike.

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Inicialmente, podemos pensar na respiração: um dos princípios básicos do pilates é o trabalho respiratório. Para um ciclista conseguir pedalar grandes distâncias, respirar corretamente é essencial.

Outro fator importantíssimo é o alinhamento do joelho. Como na bicicleta a pelve e os pés ficam num ponto fixo, o joelho – juntamente com o quadril – faz a maior parte dos movimentos, de forma cíclica e repetitiva. Caso haja um desalinhamento dessa articulação, seja por questões posturais ou por desequilíbrios musculares (caso do valgo dinâmico, por exemplo), o risco de lesões nessa região aumenta exponencialmente.

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Apesar de relacionarmos a bicicleta com a atividade do membro inferior, não podemos deixar de dar ênfase ao trabalho de fortalecimento e estabilidade da cintura escapular, já que esta sustenta o peso do tronco sobre o guidão. Se as escápulas não tiverem força e resistência, ocorre rotação interna dos ombros, aumentando as dores musculares e tensões em toda região de trapézio e ombros.

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Por fim, mas não menos importante, é necessário trabalhar o core. É muito comum queixas de lombalgia em ciclistas, principalmente os de velocidade e os que fazem muito trabalho na subida. Em ambos os casos, o atleta permanece sentado com o tronco inclinado para a frente, posição na qual há maior sobrecarga na coluna. Para evitar lesões como desgaste vertebral, espondilolistese e hérnias de disco, todo o tronco deve ser estável. O pilates trabalha justamente com essa musculatura estabilizadora em todos os seus exercícios.

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Texto: Denise Pripas Schinazi

Fisioterapeuta pós-graduada em fisiologia e prescrição do exercício, é especialista em reabilitação e no método Pilates Postura Funcional® (@zuzfisiopilates)