Estudo produzido por pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que mais de 80% dos adolescentes que frequentam escolas em todo o mundo não cumprem as recomendações atuais de fazer pelo menos uma hora de atividade física por dia — sendo 85% no caso das meninas e 78% no caso dos meninos.

Publicado na revista The Lancet Child & Adolescent Health, o estudo produzido por pesquisadores da OMS concluiu que mais de 80% dos adolescentes que frequentam escolas em todo o mundo não cumprem as recomendações atuais de fazer pelo menos uma hora de atividade física por dia. Isso ocorre entre 85% das meninas e 78% dos meninos.

O estudo é baseado em relatos de 1,6 milhão de estudantes de 11 a 17 anos.

De acordo com o estudo, as Filipinas tiveram os mais altos níveis de inatividade entre os meninos (93%), enquanto na Coreia do Sul, os pesquisadores descobriram que 97% das meninas não fazem exercícios suficientes.

“De 2001 a 2016, descobrimos que não houve melhora nos padrões de atividade nessa faixa etária. Uma hora de atividade por dia para representar um benefício de saúde”, afirma o estudo feito em coautoria com a pesquisadora Leanne Riley, do departamento de prevenção de doenças não transmissíveis da OMS.

Riley explicou que correr, caminhar, andar de bicicleta ou “apenas tentar ser ativo” já pode fazer diferença.

Em longo prazo, a falta de exercício suficiente deixa as pessoas vulneráveis a uma série de doenças não transmissíveis e evitáveis, entre elas pressão alta, diabetes, doenças cardíacas, o câncer de mama e cólon, segundo a OMS.

Um benefício adicional da atividade física é melhorar a saúde mental, insistiu Riley, destacando que o exercício também promove o aprendizado, atrasa o início da demência e pode ajudar a manter um peso saudável.

“Se eles fizerem isso, provavelmente também serão adultos mais saudáveis”, disse a principal coautora do estudo da OMS, Regina Guthold.

Os países que apresentaram melhora nos níveis de atividade entre os meninos foram Bangladesh (de 73% em 2001 a 63% em 2016), Cingapura e Tailândia (78% a 70%), Benin (79% a 71%), Estados Unidos e Irlanda (71% a 64%).

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