Exercícios são benéficos no inverno, mas é necessário proteger as articulações e o coração

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A prática esportiva auxilia na produção e liberação dos chamados hormônios do “prazer”, tais como: dopamina, serotonina, endorfina e ocitocina. Essa união é capaz de proporcionar um bem-estar emocional e mental. Mas, durante o inverno, é muito importante proteger o coração e evitar lesões nos músculos e articulações, bastante frequentes nessa época. De acordo com o Dr. Paulo Sergio Martino Zogaib, médico do Núcleo de Medicina do Exercício e do Esporte do Sírio-Libanês, a falta de aquecimento aumenta ainda mais os riscos.

“O número de casos de estiramento muscular é maior no frio, principalmente pela manhã, quando as pessoas realizam as atividades com pressa porque tem compromisso depois e querem terminar tudo rápido”, enfatiza o especialista. Quando o corpo está em repouso, o fluxo de sangue para os músculos é baixo, entre 15% e 20%. Durante um exercício, porém, esse fluxo pode atingir índices de 70% a 90%. “Um músculo só consegue ter desempenho máximo e otimizado quando a circulação sanguínea local está plenamente ativada. O aquecimento é essencial, pois proporciona uma transição progressiva do estado de repouso para o de ação. São necessários, no mínimo, dez minutos nessa etapa de preparação”, diz.

Além dos joelhos, os músculos mais afetados pela síndrome das baixas temperaturas são os posteriores da coxa e os da panturrilha. As lesões causadas por exercícios durante o inverno podem ser consequência de treinamentos inadequados ou irregulares, preparo físico ruim, fragilidade dos músculos, tendões ou ligamentos ou até mesmo decorrentes de problemas estruturais naturais que podem forçar determinadas partes do corpo. Para preveni-las, a etapa do aquecimento antes de qualquer atividade física é fundamental.

Quem sofre de problemas no coração ou pressão alta precisa de cuidados especiais para a prática de exercícios físicos, e a cautela deve ser ainda maior no inverno. Nos dias frios, os vasos sanguíneos tendem a ficar naturalmente mais contraídos, o que compromete a circulação. Tanto o frio quanto o exercício aumentam individualmente o consumo de oxigênio do coração. Este aumento gera um maior fluxo sanguíneo para as artérias coronárias que suprem o coração. A taxa de fluxo sanguíneo coronariano aumenta em resposta ao frio e ao exercício combinado em comparação com o exercício sozinho, mas esse aumento é atenuado, especialmente em pessoas idosas.

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“Pacientes com doença arterial coronariana devem limitar a exposição ao frio, vestir roupas quentes e cobrir o rosto durante o exercício”, explica a Dra. Juliana Gil, cardiologista do Hospital Sírio-Libanês. Segunda a especialista, as temperaturas frias estão associadas ao aumento dos sintomas cardíacos (angina, arritmias), incidência de infarto do miocárdio e morte súbita. A possibilidade de isso acontecer é bem maior em pessoas com fatores de risco para eventos cardiovasculares, como obesidade, diabetes, hipertensão, colesterol alto e histórico familiar. “É importante fazer um check-up cardiológico antes de iniciar qualquer atividade física, mas como geralmente as pessoas não pedem orientações específicas para épocas frias, vale a pena consultar um médico.”

Mas o impacto benéfico da prática de atividade física provoca, além do fortalecimento do músculo cardíaco, o exercício também ajuda a melhorar a circulação sanguínea, a reduzir o nível do colesterol ruim e aumentar o nível do bom.

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Sobre o Sírio-Libanês

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