Especialista explica sobre os sinais de violência nos relacionamentos e a importância de denunciar o agressor

Entrevista com a professora Elaine Cristina Coelho de Campos, que é psicóloga e coordenadora do curso de psicologia da Anhanguera explicando sobre os tipos de violência.

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é a oportunidade para celebrar as conquistas, mas também mobilizar a sociedade pelo fim da violência de gênero. O sofrimento e tantas mortes são revelados nas estatísticas, como por exemplo na pesquisa realizada pela PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) cerca de 105 mil pessoas, o equivalente a 18,9% da população do Amapá, disse ter sofrido algum tipo de violência, seja psicológica, a grande maioria, física ou sexual. Deste número 4 mil mulheres foram vítimas da violência sexual.

É preciso estar atento aos sinais mais sutis. Em grande parte dos casos de violência contra mulher, os resultados não deixam marcas físicas e as sequelas são psicológicas. A vítima, por medo ou vergonha, silencia sobre a violência. Mas, como identificar um comportamento agressivo? A psicóloga e professora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Elaine Cristina Coelho de Campos, explica que há características que identificam esse perfil.

“Podemos caracteriza o relacionamento abusivo por três aspectos fundamentais como, controle, isolamento e ciúmes excessivos. O comportamento violento desses agressores não aparece de um dia para o outro, ele vai aparecendo de forma sutil, até chegar ao ponto em que não conseguem controlar os sentimentos e acabam agindo por impulso e começam a agredir fisicamente suas companheiras”, ressalta a psicóloga.

Entre todos os casos, de feminicídio ou agressão, há um fato comum: o relacionamento abusivo. Difícil de ser enxergado por quem vive, esse tipo de relacionamento é um sinal de que a vida do casal não está nada bem. “No começo do relacionamento nem sempre é possível diferenciar esse tipo de conduta, pois no primeiro momento a mulher está entregue ao relacionamento e todos os momentos de alegria e prazer, sendo bem difícil observar se está em um relacionamento abusivo”, explica.

A especialista indica que geralmente a violência acontece quando a mulher já está submetida, insegura e frágil. “Após o ato de violência, o agressor se torna gentil e amoroso, porém as agressões não cessarão e com o passar do tempo elas acabam se tornando mais frequentes e a mulher fica cada vez mais acuada e sem condições físicas e psicológicas de reagir”, detalha.

No estado de Santa Catarina no ano de 2021 foram registradas mais de 23 mil denúncias de casos de violência doméstica e 55 feminicídios, segundo dados da Rede Catarina de Proteção à Mulher. A psicóloga alerta que ao perceber qualquer sinal de violência a mulher precisa buscar ajuda e denunciar o agressor. “É muito importante que essa denúncia seja realizada o quanto antes a fim de evitar que as agressões se intensifiquem, rompendo com o ciclo da violência”, pontua.

Veja os tipos de violência contra a mulher:

Violência física: lesar a integridade ou saúde corporal da mulher;

Violência psicológica: agredir a saúde emocional, mental e sua liberdade de ser;

Violência sexual: forçar ou intimidar a mulher a uma relação sexual não desejada;

Violência patrimonial: reter, subtrair ou destruir bens, valores e direitos;

Violência moral: caluniar, difamar ou cometer injúria.

Confira telefones para denúncia:

Disque 100

Ligue 180

Ligue 190

Projeto Mulheres Anhanguera São José

Os alunos do curso de direito da Faculdade Anhanguera São José (SC) estão prestando atendimentos jurídicos para mulheres vítimas de violência doméstica. O projeto tem o objetivo de orientá-las com informações acerca dos seus direitos e principalmente das garantias legais que elas possuem. O projeto conta com o apoio de importantes órgãos governamentais, como a Polícia Militar e o Juizado Especial da Violência Doméstica. Além disso, o Instituto Ressignificar que atua com mulheres vítimas de violência, também encaminha suas pacientes para o serviço. Os atendimentos são realizados às quartas-feiras, das 14h às 17h, no Núcleo de Práticas Jurídicas da Anhanguera que está localizado na Rua Luís Fagundes, 1680, São José (SC). Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (48) 3954-9721.

Projeto Borboletas Anhanguera São José

Os alunos do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera de São Jose SC, prestam atendimentos em grupo, bem como, no formato individual para mulheres vítimas de violência que são encaminhadas a clínica-escola de Psicologia. O projeto conta com o apoio de importantes órgãos governamentais, como a Polícia Militar e o Juizado Especial da Violência Doméstica. Além disso, o Instituto Ressignificar que atua com mulheres vítimas de violência, também encaminha suas pacientes para o serviço.

© EnvatoElements

Sobre a Anhanguera 

Fundada em 1994, a Anhanguera já transformou a vida de mais de um milhão de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com o mercado de trabalho em seus cursos de graduação, pós-graduação e extensão, presenciais ou a distância. Presente em todos os estados brasileiros, a Anhanguera presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas, locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Anhanguera oferece formação de qualidade e tem em seu DNA a preocupação em compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais.  Em 2014, a instituição passou a integrar a Kroton. Acesse o site e o blog para mais informações.

Sobre a Kroton 

A Kroton nasceu com a missão de transformar a vida das pessoas por meio da educação, compartilhando o conhecimento que forma cidadãos e gera oportunidades no mercado de trabalho. Parte da holding Cogna Educação, uma companhia brasileira de capital aberto dentre as principais organizações educacionais do mundo, a Kroton leva educação de qualidade a mais de 936 mil estudantes do ensino superior em todo o País. Presente em mais 1.900 municípios, a instituição conta com 131 unidades próprias, sob as marcas Anhanguera, Pitágoras, Unic, Uniderp, Unime e Unopar e é, há mais de 20 anos, pioneira no ensino à distância no Brasil. A Kroton possui a maior operação de polos de EAD no país, com 2.259 unidades, e oferece no ambiente digital 100% dos cursos existentes na modalidade presencial. Com a transmissão de mais de 1.000 horas de aulas a cada mês em ambientes virtuais, a Kroton trabalha para oferecer sempre a melhor experiência aos alunos, apoiando sua jornada de formação profissional para que possam alcançar seus objetivos e sonhos.Para mais informações, acesse o site.