Seria muito bom voltar no tempo e vivenciar novamente cada minuto que antecedeu a Trilha da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA em Igarapé Açu. E por fim, pedalar em terras paraenses e fazer parte, novamente, daquele que foi um grande espetáculo sobre duas rodas.

Reunindo mais de 320 ciclistas, a trilha da UFRA mobilizou mais de 10 municípios, alguns vizinhos a Igarapé Açu e outros mais distantes, como Capitão Poço, Marituba, Ananindeua e da própria capital paraense (Belém). Muitos foram na véspera e lotaram os hotéis e pousadas da cidade – com uma semana de antecedência do evento não existiam mais vagas. Nos dias que antecediam a trilha vários grupos se mobilizaram para o seu deslocamento até a cidade de Igarapé Açu. Mesmo antes de postarem o convite oficial já havia um grande burburinho nas diversas redes sociais, um bom presságio para o sucesso do evento.

© Sérgio Batista

Alguém citou que Igarapé Açu é a “capital” do Mountain Bike paraense. Não tenho nenhuma dúvida quanto a isso. Nenhum outro município, até então, conseguiu colocar tantas bicicletas em uma trilha. Mas podemos instituir “capital” não somente pela quantidade de bicicletas, mas por tudo que é desenvolvido no pré, durante e pós trilha. O nível de organização do grupo local Fator Outdoor é impressionante e os organizadores do mesmo não medem esforços para implementar os mínimos detalhes, e se superam a cada trilha que organizam, surpreendendo a todos aqueles que participam. Destacando ainda o calor humano que o município proporcionou.

A trilha teve uma dose certa para cada tipo de terreno. Areal, ramal, singletrack em túneis de árvores, colinas com grandes subidas e que alguns faziam questão de subir pedalando como que um desafio pessoal, além dos bons igarapés pelo trajeto. Deu para perceber que muitas partes da trilha foram “retocadas” para não oferecer perigo nenhum de queda para quem por lá pedalasse, sem excluir nada da parte técnica da trilha.

O apoio durante a trilha funcionou perfeitamente, em dose certa e em pontos estratégicos. Sem contar com o bonito trabalho social que foi realizado durante o trajeto.

Além do ato de pedalar, a trilha conseguiu confraternizar, assim atingindo umas das essências do Mountain Bike: unir pessoas de todas as idades, de todos os níveis sociais.

Parabéns ao grupo Fator Outdoor e a todos aqueles que fizeram da trilha da UFRA um espetáculo em duas rodas!

© Sérgio Batista