Um dos pré-requisitos para se locomover de bicicleta é estar com a saúde em dia. Mas há pessoas que possuem limitações de mobilidade ou que não podem exagerar no esforço físico. Idosos e portadores de problemas de mobilidade cada vez mais se utilizam das bicicletas elétricas para continuarem usufruindo dos benefícios do pedal e contribuindo com uma mobilidade urbana mais sustentável e humanizada.

Contar com o auxílio elétrico permite que praticamente todas as pessoas continuem se locomovendo ao ar livre. Há uma variedade grande de bicicletas elétricas disponíveis no mercado brasileiro, que atendem a necessidades específicas.

Por exemplo, existem formas diferentes de acelerador. Há os aceleradores manuais, tipo twist, acionado girando a manopla, como o acelerador de moto, e o thumb, que é acionado pelo polegar. Esse tipo de aceleração beneficia quem tem problemas de articulação ou deficiência na movimentação das pernas e realmente não podem pedalar. Já as chamadas pedelecs contam com o sistema PAS (sensor para auxílio a pedal). Há dois tipos de sensores: de velocidade, também chamado sensor de giro, que aciona o auxílio elétrico quando se atinge determinada velocidade; e de torque, que aciona o motor dependendo da força aplicada aos pedais. Essas e-bikes são indicadas para as pessoas que não têm limitação nos movimentos mas podem fazer apenas exercícios leves, seja por restrição médica, por diminuição da resistência física ou por precaução.

A autonomia da bateria é outra característica importante nesse caso. O ciclista com limitações de locomoção precisa contar sempre com o auxílio elétrico e, portanto, não pode ficar sem bateria no meio do caminho. Fique sempre atento aos níveis de energia e faça as primeiras saídas acompanhado, pois nem sempre a autonomia da bicicleta corresponde ao anunciado pela empresa. Com o tempo, é necessário fazer a troca da bateria, pois ela envelhece e perde capacidade.

Outro fator a ponderar na hora de escolher sua e-bike, considerando que você tenha problemas de saúde ou mobilidade, é o peso do veículo, que pode ser um empecilho e até mesmo causa de acidentes. As bicicletas elétricas mais leves possuem bateria de lítio, mas de qualquer forma, o kit elétrico sempre agrega peso. Por isso, muitas empresas lançam e-bikes menores, com pneus aro 20 ou menos, deixando a estrutura da bicicleta mais leve e com o design que favorece quem tem deficiências ou limitações.
O simples fato de ter o quadro mais baixo significa uma facilidade no momento de montar na bicicleta. Verificar se a bicicleta possui acessórios de segurança e conforto, como cobre-corrente e suspensão, também limitam as possibilidades de desequilíbrio e queda.

Por fim, esse perfil de usuário também pode dar preferência às e-bikes que vêm com complementos que facilitam as suas locomoções, como um bom bagageiro e uma cestinha, dessa forma, se for preciso levar alguma carga na bicicleta, elas terão um lugar específico, não sendo necessário levá-las penduradas no guidão ou pilotar com apenas uma mão, situações que também podem apresentar riscos.

Outra dica importante é sempre utilizar os acessórios de segurança, como capacete, luvas, sinalizadores luminosos e roupas coloridas que o deixem bastante visível no trânsito. Esses componentes representam uma iniciativa mais preventiva para quem já não tem tanta agilidade e reflexo.

Com esses cuidados na hora de escolher a e-bike, ela pode se tornar uma boa aliada na mobilidade de qualquer pessoa, mesmo com restrições de movimento, além de oferecer momentos de lazer e diversão ao ar livre, que também acabam limitados para essas pessoas.