Uma das expressões que mais tem pipocado na mídia, redes sociais e qualquer outro canal de conteúdo é ‘mobilidade urbana’. Em linhas gerais, ela significa uma série de ações para facilitar o deslocamento de pessoas e bens nas cidades, com o objetivo de impactar positivamente atividades econômicas e sociais no perímetro urbano de uma cidade.

Quem vive em São Paulo, uma das maiores cidades do país e com um fluxo absurdo de pessoas a todo momento, pode bem imaginar o desafio de quem tenta aplicar esse conceito e ajudar empresas e pessoas nesses deslocamentos. Porém, existe um outro recorte que não deve ser ignorado por gestores e players que desejam mudar esse cenário de caos.

É a chamada micromobilidade urbana. Esse termo foi utilizado pela primeira vez pelo empresário Horace Dediu, durante o Tech Festival, em Copenhagem (2017) e ele o definiu como uma nova categoria onde veículos alternativos são inseridos nas cidades e devem, como premissa, seguir alguns critérios: pesar menos de 500kg, serem acionados por motores elétricos e serem utilizados, primordialmente, como meios de transportes.

Isso nos remete ao número de startups e ações que oferecem serviços de bikes e patinetes elétricos por todo país, arrebatando o maior número possível de adeptos até o momento. Além disso, a micromobilidade urbana é impactada positivamente pela economia compartilhada. Nesse cenário, muitas pessoas deixaram de comprar um veículo próprio e passaram a fazer uso de modais que pudessem ser compartilhados entre desconhecidos.

Tudo isso ajuda, não só em deslocamentos, mas também em impactos sustentáveis, estacionamentos e superlotação nas principais vias arteriais das cidades. Sem contar que os veículos que se encaixam com a micromobilidade urbana podem ser divididos em last miles e door to door, ou seja, o utilizado apenas no último percurso da pessoa e aquele que o ajuda em diversos deslocamentos ao longo de um dia, respectivamente. Cerca de 25% das viagens de carros realizadas atualmente são de até 3km de distância, percurso que poderia facilmente ser percorrido por uma bike elétrica, por exemplo. Já pensou no impacto de uma frota reduzida em 25%?

Ou seja, a micromobilidade urbana chegou para ser uma aliada na missão de aliviar as tensões de deslocamentos na cidade e deve ser implementada no dia a dia. Somente assim, teremos ações efetivas para evoluções do trânsito e, claro, menor impacto no mundo que vivemos. A missão da E-Moving é tornar isso mais fácil e acessível.