É difícil imaginar, por exemplo, uma criança da década de 70 que não sonhava em ter uma Caloi; até propagandas da marca se tornaram símbolos culturais de suas respectivas gerações. Em uma época onde não havia tanta concorrência no mercado, Caloi e Monark eram responsáveis por praticamente cem por cento do mercado de bicicletas no país. Em cada década, cada lançamento fazia a cabeça de jovens e crianças. Os modelos são inesquecíveis; a Caloi 10, a Barraforte, a Ceci, a Berlineta, a Cross Extra Light…

A marca realmente virou um sinônimo da bicicleta no país e um marco da fabricação de bicicletas. Fundada pelo imigrante italiano Luigi Caloi, em 1898, inicialmente se chamava Casa Luiz Caloi e começou importando bicicletas europeias e produzindo apenas acessórios. Vinte e seis anos depois, virou Casa Irmãos Caloi, que era formada pelos filhos de Luigi, que havia falecido naquele ano. A sociedade não durou muito tempo, e apenas um dos herdeiros, Guido Caloi, se manteve na empresa. Mas a Segunda Guerra Mundial trouxe dificuldade às importações, e a empresa decidiu começar a fabricar as bicicletas localmente, no bairro do Brooklin. Em 1945, a Caloi inaugurou a primeira fábrica de bicicletas do país.

© Caloi Divulgação

Daí para a frente, foram décadas de criações. E muitas visionárias, revolucionando o mercado na época e fazendo a alegria de homens, mulheres e crianças. Em 1953 veio o primeiro lançamento. A Fiorentina tinha aro 26”, o que era uma novidade para a época. No final da década de 60, a dobrável Berlineta virou moda entre os jovens, com seu visual todo urbano e compacto. Nos anos 70, apareceu a inesquecível esportiva Caloi 10. Agora, as pessoas podiam adquirir uma ‘bicicleta de corrida’, com 10 marchas, a primeira do tipo no país. A Barra Forte virou clássico e se tornou sinônimo de resistência. A feminina Ceci chegou com sua cestinha, marca registrada do modelo. O BMX chegou ao Brasil na década de 80, com a Caloi Cross Extralight. Virou uma febre entre os meninos! Na década seguinte, o mountain bike apareceu, e a Caloi criou a Aluminum, um de seus maiores sucessos. Uma bicicleta com câmbio de 21 velocidades. Para a época, uma super bicicleta. A marca também já apostou em equipamentos de ginástica, como esteiras e bicicletas ergométricas, e atualmente, vem investindo nas bicicletas elétricas e nas produzidas em fibra de carbono, que apresentam um preço bem mais alto no mercado.

Como toda empresa, a Caloi teve suas várias fases; a fase de ouro, a fase do declínio, a fase da renovação. Já há alguns anos, a marca vem aperfeiçoando seus produtos e conceitos com a atual linguagem da bicicleta. Em agosto de 2013, a multinacional canadense Dorel Industries INC comprou 70% das ações da empresa, e no ano passado, o restante. Ainda assim, a Caloi manteve o seu nome, que ficará para sempre nas lembranças e aventuras de muita gente.

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Entrevista

Solicitamos uma entrevista a Cyro Gazola, que recentemente assumiu a presidência da Caloi no Brasil. Veja o resultado do bate-papo:

Qual é o peso da responsabilidade de assumir o comando de uma empresa histórica como a Caloi?

Para mim é uma honra e grande alegria estar há mais de dois anos à frente de uma empresa com grande história e representatividade na vida dos brasileiros e influência sobre o ciclismo nacional.

A Caloi está em sua 3a fase de gestão, após 100 anos de liderança familiar, com mais de uma década de gestão profissional, e agora em novo momento como divisão de uma multinacional (Dorel Corp), mas mantendo sua autonomia e foco no mercado e consumidores locais.

Quais desafios o nome Caloi impõe tanto ao mercado quanto à gestão após 120 anos de história?

Após 120 anos, temos que garantir que a Caloi continue se transformando e se reinventando, a fim de prosperar nos próximos anos. Fizemos um trabalho abrangente de revisão estratégica durante 2017, definindo uma nova ambição estratégica, visão, missão e escolhas de negócios para nortear os próximos 5 a 10 anos.

Estamos focados em importantes pilares, como investir em produtos e serviços baseados na tecnologia; no resgate da marca Caloi e desenvolvimento das marcas Cannondale, GT e Schwinn; em garantir que tenhamos os produtos certos na hora certa para nossos clientes e consumidores; na busca contínua de eficiência e competitividade; e em continuar sendo uma empresa vibrante que engaja pela paixão e propósito.

Como lidar com as mudanças de mercado, o aumento da excelência interna e a concorrência internacional?

Temos que garantir que continuemos a liderar o mercado de bicicletas, baseado em produtos com tecnologia, qualidade e foco nas necessidades de nossos consumidores, nossos ciclistas. Para isso, temos nossa própria estrutura de pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Brasil, porém conectados também com nossos times globais de P&D nos EUA, Europa e Ásia, a fim de conseguirmos trazer as últimas palavras em termos de soluções de produto para atender o mercado local, seja no MTB, na mobilidade urbana ou no esporte e lazer.

Quanto a concorrência, seja local ou internacional, ela faz bem para o mercado e exige que você sempre busque se superar com melhores produtos, eficiência de custos e agilidade na resposta e atenção às necessidades de seus clientes e consumidores.

O que é prioridade na gestão da Caloi, atualmente?

Nossas prioridades estão 100% alinhadas com a nova visão, missão e pilares estratégicos que adotamos deste 2017, onde nosso foco é:

a. Contínua busca de inovação de produtos, mas também de serviços onde possamos atuar;

b. Resgate e investimento na marca Caloi, e desenvolvimento da Cannondale, GT e Schwinn;

c. Garantir os produtos certos na hora certa;

d. Busca contínua por eficiência e competividade em tudo que fazemos;

e. Continuar sendo uma empresa que engaja pela paixão e propósito.

Você tem alguém como modelo administrativo que lhe inspire?

Tive a oportunidade de morar a trabalho durante quatro anos em Cingapura, Ásia, e aprendi muito vendo o modelo de um país liderado como uma empresa altamente eficiente, que preza por ter e desenvolver os melhores talentos, com altíssimo foco na educação e tecnologias de ponta, em atração de capital e parcerias globais para continuar se desenvolvendo, e na busca na eficiência de gestão e competitividade de seu mercado e competências de trabalho.

Para onde você direciona seus esforços ao liderar a Caloi?

Direciono meus esforços em principalmente três frentes:

a. Manter nossa organização Caloi focada na nova estratégia, garantindo excelência em tudo que fazemos e executamos na vista dos clientes e consumidores, e com foco também no desenvolvimento e retenção de talentos que liderem esta nova fase da companhia no Brasil;

b. Garantir gestão efetiva de negócios e colaboração junto a Dorel Sports (divisão controladora) e Dorel Corp, a fim de atender aos acionistas e atrair capital e investimentos para o Brasil;

c. Liderar o segmento de bicicletas junto com a nossa associação Abraciclo, representando os interesses do setor, e mantendo proatividade e colaboração plena com nossas companhias associadas.

O que você pensa sobre o futuro da mobilidade urbana no Brasil? E quais são os projetos de bicicletas da Caloi para impactar o volume cada dia maior de novos usuários urbanos?

A mobilidade urbana será cada vez mais um pilar crescente na sociedade, e para o qual estamos investindo para trazer produtos com tecnologia e qualidade, sejam bicicletas convencionais, mas também elétricas, onde fomos os primeiros a investir na tecnologia de motores centrais em parceria com a Shimano, e onde planejamos continuar expandindo no Brasil. Também planejamos ser uma alternativa de produção de OEM para companhias de mobilidade urbana, aproveitando a infraestrutura e capacidade industrial que acumulamos nas últimas décadas.

A Caloi, como as grandes empresas brasileiras, enfrentou reveses nas últimas décadas. O que você diria que foi o fator determinante para o reerguimento da empresa?

O que permitiu a Caloi dar a volta por cima nas últimas duas décadas foi uma gestão profissional efetiva, fazendo escolhas de negócios (segmentos onde entrar/investir e onde não investir), além de ter mantido o foco da organização na busca de eficiências e parcerias com fornecedores locais e internacionais, que permitiram trazer novas tecnologias de produto ao Brasil.

No cenário econômico atual do Brasil, qual dica você daria para quem está pensando em abrir uma loja de bicicletas, mas está receoso?

O empreendedorismo é importante, mas deve ser feito buscando avaliar algumas premissas fundamentais antes de se abrir uma loja de bicicletas. Eu recomendaria principalmente:

a. Busque um local que seja atrativo para o fluxo de ciclistas, a fim de gerar tráfego constante na sua loja;

b. Tenha um plano de negócios que incorpore projeção de vendas, de custos, de rentabilidade projetada, incluindo a demanda por bikes durante o ano;

c. Monte um time de trabalho que esteja alinhado com sua proposta de negócio. Um time com pessoas de qualidade e colaborando entre si é importantíssimo para o sucesso;

d. Tenha um plano de parceria bem definido com seus principais fornecedores, entre bicicletas, partes e acessórios, a fim de assegurar ter os produtos certos na hora certa.

Em relação ao futuro, o que a Caloi visiona? O que os amantes da bicicleta podem esperar da Caloi nos próximos anos?

Nosso time Caloi já trabalha todos os dias pensando e planejando para o futuro. Os ciclistas podem esperar que continuaremos buscando liderar novos conceitos e tecnologias no mundo das bicicletas, visando entregá-los a melhor experiência de pedalar possível, em todos os segmentos que atuamos e também em novos que venhamos a lançar.

Linha do tempo do Caloi

© Caloi Divulgação

No início

O século XIX já pedalava em uma Caloi. Haja história. Nascida no final do século XIX, a Caloi viu a bicicleta transitar entre os elegantes senhores e senhoras na cidade de São Paulo, que mal sabiam o que era um carro.

1898

O italiano Luigi Caloi desembarcou no Brasil e começou a trilhar seu sonho: ele fundou a Casa Luiz Caloi, que importava bicicletas do mercado europeu.

Nasce a marca Caloi no Brasil, pelo italiano Luigi Caloi, com a importação de bicicletas vindas da Europa.

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1945

A dificuldade de importar peças na época da Segunda Guerra fez com que a Caloi desse início à sua produção nacional. Em 1945, foi inaugurada a primeira fábrica da Caloi, no bairro paulistano do Brooklin. Era a primeira fábrica de bicicletas do Brasil.

Anos 70

© Caloi Divulgação

Foi na década de 70 que aconteceu o primeiro Passeio da Primavera (evento que chegava a reunir 80 mil pessoas em um mesmo dia!), o lançamento da Caloi 10 e aquela campanha que marcou memórias: Não esqueça a minha Caloi.

1972

Em 72 nasceu a Caloi 10, um dos modelos mais queridos do Brasil. Foi a primeira bicicleta de 10 marchas do país: uma bike esportiva, com o guidão rebaixado, que revolucionou toda uma geração.

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1975

A Caloi inaugurou mais uma fábrica no país, no Polo Industrial de Manaus. Com essa base, lançou outro sucesso de vendas: a Mobylette. Lembra dela?

1978

Foi em 78 que a primeira peça da campanha “Não esqueça a minha Caloi” surgiu, com o personagem Zigbim, que incentivava a garotada a lembrar de um presente… que não foi esquecido até hoje.

Esse ano foi marcado também pelo lançamento do modelo Caloi Ceci, uma bike feita especialmente para as mulheres.

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Anos 80

O mercado vai mudando a Caloi e a Caloi vai mudando o mercado.

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A estreia dos anos 80 para a Caloi veio com a assinatura “O ano da Bicicleta”, e mostrava que realmente seria a década da bicicleta. Ao menos, para a Caloi Cross, que figurava nas garagens de muitos meninos dos anos 80.

1983

A Caloi Cross Extra Light foi o grande sucesso da década de 80, que marcou uma geração. Ela se inspirou no sucesso do filme E.T. – O Extraterrestre, com um modelo para a criançada que sonhava em voar.

Você sabia?
Nos anos 80, o regime da Ditadura tinha uma política muito voltada ao desenvolvimento da indústria de automóveis. Não à toa, para a sociedade da época, a bicicleta ganhou pecha de “coisa de criança”.


Renata Falzoni começou seu trabalho naquela década, fazendo eventos como o Night Bikers, o primeiro passeio noturno organizado da história do Brasil – e talvez o primeiro do mundo!

1984

Ícone da geração que cresceu ouvindo as músicas da rainha dos baixinhos, a Caloi faz parte da vida de muita gente e da própria cultura popular. Você lembra da participação da equipe Caloicross no filme Os Trapalhões e o Mágico de Oróz?

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1989

Em 89, chegou ao mercado a Caloi Mountain Bike 18, feita especialmente para a prática do esporte.

Anos 90

Caloi sem Fronteiras

Os anos 90 viram o crescimento da Caloi dentro e fora do país. Em meio a vários lançamentos de sucesso, ela deu início à sua internacionalização, abrindo uma subsidiária na Flórida, nos Estados Unidos.

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1996

Neste importante ano, a Caloi patrocinou o heptacampeão do Tour de France, Lance Armstrong, na equipe Motorola/Caloi.

Ainda naquele ano, outra parceria inusitada foi consolidada entre Caloi e Chevrolet, que lançaram uma bike vendida na rede Chevrolet e foi apresentada no Salão do Automóvel.

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1998

Os 100 anos de Caloi foram comemorados com um novo modelo de muita classe: a Caloi 100.

Você sabia?
O mercado de bikes cresceu tanto na década de 90, que incentivou o desenvolvimento da fabricação de uma imensa variedade de acessórios para bikes e ciclistas.

2000

Movimentando a Vida

Desde 2000, a Caloi se assumiu como uma empresa destinada à vida saudável, e colocou crianças, adultos, esportistas, ciclistas profissionais, amadores e bikers de fim de semana para pedalar.

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2004

Em 2004, a sede administrativa da Caloi fez as malas e abriu um novo escritório em uma das mais importantes regiões empresariais de São Paulo.

Anos 2010

Sempre em frente

E lá foi a bicicleta: de meio de transporte a brinquedo de criança, evoluiu para um importante transformador da mobilidade urbana. Em toda a sua trajetória, a Caloi viu muitos cenários e novas paisagens neste universo. Viu a bicicleta mudar de modelo, de material e, até de papel no planeta, acompanhando e construindo essa transição.

2012

Foi o ano da Caloi no mountain bike. Houve o lançamento de uma bike referência no segmento de MTB, a Elite Carbon, um modelo de carbono projetado para competições.

2013

A Caloi passa a fazer parte da divisão Dorel Sports da empresa canadense Dorel Industries INC e a administrar outras marcas do grupo, como Cannondale, GT e Schwinn.

No mesmo ano, a Caloi Elite Team conquista o título da principal ultramaratona da América Latina: o Brasil Ride.

2016

Olimpíadas no Brasil!

Os atletas patrocinados pelas marcas Cannondale e GT – Henrique Avancini e Renato Rezende – participam das Olimpíadas no Rio de Janeiro representando o nosso país.

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2017

Novo logo, novo posicionamento e novo mercado

Como parte do Grupo Dorel Sports, a Caloi passa em 2017 por uma mudança de gestão na empresa com a entrada do novo CEO – Cyro Gazola – e continua se renovando e reforçando a sua história e posicionamento com todos os tipos de ciclistas. Em 2017, a marca lançou um novo logo e novo posicionamento: Fabricamos Ciclistas.

A Caloi é uma marca que vem marcando gerações e muitos brasileiros pedalaram pela primeira vez em uma bicicleta da marca. Sendo assim, a Caloi fabrica ciclistas de todos os tipos, idades e identidades, sempre buscando falar com todos os públicos.

Bicicletas elétricas

Em 2017, a empresa anunciou a entrada no mercado de bicicletas elétricas, com o lançamento da linha “E-Vibe”, apresentando uma bicicleta destinada ao uso urbano e outra destinada ao mountain bike. A proposta da Caloi com a linha é oferecer não só facilidade no dia-a-dia, já que longas distâncias e subidas deixam de ser uma barreira, mas poder incluir mais pessoas no uso da bicicleta, não importando se o ciclista já pedala há anos ou se está começando, a sua idade, ou a diferença de resistência física de cada um.

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Nova logo © Caloi Divulgação

2018

A Caloi completa 120 anos de história, e para comemorar, faz o lançamento no mercado da edição comemorativa com uma Caloi 10, inspirada nos anos 1970 e 1980. A edição contou com apenas 120 unidades, além de um vídeo e evento especial para colecionadores e fãs da época.

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A marca resgatou ainda sua icônica campanha “Não esqueça a minha Caloi”, principalmente para conscientizar os motoristas e a sociedade sobre a inclusão da bicicleta como veículo de transporte e pedir por mais segurança. A frase conhecida dos brasileiros há 40 anos ressurge agora não para vender mais bicicletas, como na época de seu lançamento, mas com o foco na inclusão da bike nas ruas.
A nova campanha é criação da agência Tribal WorldWide em parceria com o publicitário JCocco, criador da assinatura na década de 70.

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Entrevista

© Caloi Divulgação

Eduardo Rocha Dos Santos

Diretor de Marketing e produto

No que a equipe de marketing da Caloi acredita, e no que não acredita?

Acreditamos em marketing transparente e legítimo, muito ligado à paixão pela bicicleta. Sabemos que a bicicleta é um veículo de transporte, de esporte, de locomoção, e que há muita paixão envolvida. Acreditamos muito que essa paixão transmitida pelo marketing com sinceridade e honestidade é a chave para conquistar os consumidores. Estamos completando 120 anos, e a empresa está muito relacionada com o ciclismo no Brasil. É fato que quando se fala de ciclismo, lembra-se muito de Caloi. E a Caloi está muito ligada à emoção da primeira pedalada de muitos brasileiros. Quando você dá a sua primeira pedalada, quando ganha a primeira bicicleta, quando consegue a bicicleta que sempre quis, quando faz a primeira prova, quando termina a primeira competição, quando anda no pelotão…tudo isso é muito ligado à emoção. Acreditamos muito nesse marketing, verdadeiramente. A Caloi é uma empresa legitimamente brasileira. Fomos comprados pela canadense Dorel INC, mas a alma da Caloi é brasileira. A Dorel acredita muito no regionalismo das marcas, e nos estimula muito a continuarmos sendo verdadeiros e transparentes. Acreditamos muito nisso, e o oposto também é verdade: não acreditamos em coisas forçadas, em se criar situações, em coisas que não são verdadeiras, e isso não fazemos por que não funciona.

Quais são os objetivos da sua equipe de vendas? Qual é a motivação?

O objetivo é ser a melhor empresa e o melhor parceiro de bike shop para se trabalhar no mercado. É o que buscamos. Ter o produto certo na hora certa, entregar na hora certa, ter preços competitivos, portfólio de produtos assertivo, além de um marketing atuante, que se relaciona e apoia o ciclismo nacional.

Nossa motivação é ver o cliente/consumidor satisfeito.

Qual é o grande diferencial, para os próximos anos, que a Caloi pretende oferecer ao lojista e consumidor final?

Oferecer o melhor produto possível com o melhor custo-benefício para o consumidor. Esse sempre será o nosso diferencial. Além de utilizar a marca da Caloi, que é única. Por exemplo, a Caloi consegue lançar uma edição comemorativa da Caloi 10, que foi criada nos anos 70. Conseguimos lançar uma edição da Extralight, que é de 82, da Ceci, de 78, da Fiorentina, dos anos 60. A Renata Falzoni recebeu de presente da Caloi uma Fiorentina aro 24, que foi a primeira bicicleta que ela teve. Só a Caloi consegue fazer isso. Esse é um grande diferencial que sempre vamos utilizar, por que isso é fazer história no ciclismo.

Que sugestão você daria aos lojistas que revendem bicicletas?

Estudar muito, conhecer o produto, ser o mais correto possível com o consumidor, entender o que o consumidor quer, vender a bicicleta que atende as necessidades dele. Coisas assim não têm preço, e é assim que se ganha a confiança das pessoas. A pior coisa é vender uma bicicleta errada para o consumidor, e ele não ter uma boa experiência com ela. Também é importante entender o máximo possível o consumidor e o que ele quer comprar, para conquistar a confiança e criar fidelidade.