“As bicicletas elétricas estão ganhando cada vez mais espaço nas ciclovias das grandes cidades e também na lista de desejos de ciclistas e, principalmente, motoristas que sonham em trocar as horas gastas dentro do carro preso no congestionamento por um trajeto ao trabalho mais saudável, divertido, sem estresse e com menos suor.”

Embora a participação delas no mercado de bicicletas ainda seja tímida – respondem por menos de 1% do total, as elétricas estão entre as principais tendências para os próximos anos. O estudo “Projeções e análise de demanda por bicicletas elétricas no Brasil”, feito pela Aliança Bike (Associação do Setor de Bicicletas) e pela Sidera Consult e lançado em novembro do ano passado, prova esta direção.

Em 2016 foram vendidas 10 mil bicicletas elétricas no Brasil. No ano seguinte, esse número subiu para 18 mil unidades, e em 2018, chegou a 31 mil. A expectativa, de acordo com o estudo, é que este número alcance 280 mil bicicletas/ano até 2022.

O comércio também segue firme nesta direção. De acordo com a Pesquisa Anual de Comércio Varejista 2018, feita pela Aliança Bike com 246 lojistas de todo o país, o percentual de lojas que já vendem elétricas no Brasil é de 20%, sendo que dos 80% de lojistas que não comercializam, 78% afirma que provavelmente comercializará nos próximos anos.

Essa é uma tendência mundial. No mercado europeu, por exemplo, as bicicletas elétricas já respondem de 20 a 30% do mercado total de bicicletas. Só na Alemanha, está chegando a um terço. Por aqui o que ainda segura a expansão do mercado é o preço. Atualmente, uma bicicleta elétrica pode ser encontrada a partir de R$ 2,5 mil. Porém, dependendo dos acessórios e da marca, o valor pode passar com facilidade dos R$ 30 mil.

Apesar da Resolução 465 de 2013 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estabelece as regras de circulação das bicicletas elétricas e as equipara às convencionais, o mesmo ainda não acontece em relação aos tributos.

Somente o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre as bicicletas elétricas atualmente é de 35%, enquanto que o das convencionais é 10%. O IPI de 35%, para se ter uma ideia, é maior do que a taxa sobre veículos motorizados, cigarro e bebidas, como rum e uísque. Assim, a bicicleta elétrica no Brasil acaba custando 80% mais caro do que em outros países. De acordo com o estudo, caso a equiparação do IPI fosse feita, as elétricas poderiam ter uma queda de preço de, no mínimo, 18%.

© MICROGEN

Muitas vantagens


A bicicleta elétrica permite realizar mais viagens e percorrer distâncias maiores, tornando-se uma importante alternativa para motoristas que desejam trocar o automóvel pela bicicleta.

Mesmo com a assistência do motor, ainda assim há um grande estímulo à prática de atividade física quando se pedala com bicicletas elétricas. O ato de pedalar para que haja assistência do motor a coloca como um veículo de mobilidade ativa, limitando a velocidade da assistência a 25 km/h e a potência do motor a 350 watts.

A pedalada assistida também é perfeita para enfrentar a geografia de cidades com relevo acidentado, assim como uma ótima opção para pais e mães levarem os filhos à escola, fazer compras, entre muitas outras possibilidades. Tantos benefícios deixam claro porque as elétricas estão virando objeto de desejo e devem ser cada dia mais estimuladas nas cidades brasileiras.

Para baixar o relatório completo do estudo “Projeções e análise de demanda por bicicletas elétricas no Brasil, acesse esse site aqui.

Para saber mais sobre características e legislação sobre bicicletas elétricas, acesse aqui.

Para ter acesso ao relatório da Pesquisa Anual de Comércio Varejista de Bicicleta, acesse aqui.

© MICROGEN