Alemanha, Espanha, Estados Unidos e França divulgam dados que mostram o crescimento do setor em 2021

Com tecnologia e modelos cada dia mais acessíveis, as bicicletas elétricas estão rapidamente se popularizando em todo o mundo. Somente na Alemanha, as e-bikes já representam uma fatia de 42,5% de todo o mercado de bicicletas no país.

No Brasil, foram pouco mais de 40 mil bikes elétricas comercializadas em 2021, um marketshare de apenas 1%, porém com uma movimentação financeira que já alcançou R$ 289,3 milhões no ano passado – um crescimento de 52,2% em relação ao ano de 2020.

Neste post apresentamos os principais números do mercado de bicicletas elétricas em alguns dos mais importantes mercados: Alemanha, França, EUA e Espanha.

Alemanha

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Segundo dados da ZIV (Associação da Indústria da Bicicleta), apesar dos desafios em decorrência da pandemia, a indústria alemã de bicicletas aumentou o faturamento em 10% no ano de 2021. Ao todo, a produção doméstica foi de 2,37 milhões de bicicletas, englobando convencionais e elétricas. Com destaque para as e-bikes, que obtiveram um aumento de 8%, cerca de 1,43 milhões de unidades. A cada 10 bicicletas produzidas na Alemanha, 6 são elétricas.

Além disso, 4,14 milhões de bicicletas convencionais e elétricas foram importadas para o país europeu. Isso representa um aumento de 11% em comparação com 2020. As exportações, por outro lado, permaneceram praticamente inalteradas com 1,56 milhão de unidades.

Apesar da queda no número de vendas totais, de 5,04 milhões para 4,7 milhões, depois do ano recorde de 2020, o ano de 2021 também foi um sucesso. O número de vendas de bicicletas elétricas aumentou de 1,95 para 2 milhões de unidades – um marketshare de 42,5%.

Os números alemães relativos às bicicletas elétricas estão acima dos obtidos no período pré-pandemia. “Nós saltamos para um novo nível”, afirmou o diretor administrativo da ZIV, Burkhard Stork, em comunicado divulgado pela entidade.

No geral, o estoque de bicicletas na Alemanha agora é de 81 milhões de unidades. Estatisticamente, quase todo cidadão alemão tem uma bicicleta. E a frota de bicicletas elétricas no país já supera em 25 vezes a frota de carros elétricos. “A indústria de bicicletas fez da Alemanha o principal mercado de eletromobilidade”, diz Stork.

Espanha

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As vendas de bicicletas elétricas em 2021 superaram o recorde do ano anterior. De acordo com as últimas estatísticas publicadas pela Asociación de Marcas y Bicicletas de España (AMBE), o volume de vendas de bicicletas elétricas aumentou 5,3% em 2021 em comparação com 2020.

No ano passado a AMBE reportou um volume de cerca de 223.561 unidades de e-bikes para um mercado total de 1.571.368 considerando bicicletas convencionais e elétricas – um marketshare, portanto, de 14% para as e-bikes.

O preço médio das bikes, no varejo, cresceu 14,9% entre 2019 e 2021, de € 865 para € 984. Foram as e-bikes que impulsionaram esse crescimento, com um preço médio de € 2.861 em 2021 – aumento de 8,1% em relação a 2020. Em movimentação financeira, as elétricas detém uma participação de mercado de 41,5% na Espanha, representando um valor total de € 640 milhões.

A AMBE prevê que até o final do ano de 2022 a frota total de e-bikes, na Espanha, alcance um feito inédito, ultrapassando, pela primeira vez, um milhão de unidades.

Estados Unidos

Cannondale

Dados de importação mostram que as bicicletas elétricas superaram os carros elétricos em 2021. O que, para um mercado como o dos EUA, não é pouca coisa. De acordo com os últimos números da Light Electric Vehicle Association (LEVA), o país importou quase 790.000 bicicletas elétricas no ano passado. Em 2020 foram 463.000 unidades. Em contrapartida, segundo dados da Bloomberg, os americanos compraram 652.000 carros elétricos em 2021, incluindo híbridos plug-in.

As bicicletas elétricas são parte de um “boom” que veio junto com a pandemia, que também inclui outros produtos para atividades ao ar livre. O crescimento contínuo em 2021 indica que as e-bikes serão mais do que uma moda passageira. “A pandemia nos deu um impulso que resultou em muitas pessoas descobrindo que as bicicletas elétricas têm um uso sólido em suas vidas”, diz Ed Benjamin, fundador e presidente da LEVA.

À medida em que as vendas anuais de bicicletas elétricas nos EUA se aproximam do patamar de 1 milhão de unidades, o país ainda permanece atrás da Europa e da Ásia, onde as vendas anuais são de cerca de 3 milhões e 35 milhões, respectivamente, de acordo com as estimativas da LEVA.

França

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Segundo o French Bicycle Observatory, publicado pela organização Union Sport & Cycle, o mercado francês de bicicletas registrou um forte aumento em 2021. Em unidades, o aumento foi de 3,9% (um volume total de 2.789.545 unidades), o que representa cerca de 2,215 bilhões de euros, um aumento de 15,1% em comparação com 2020.

Ano passado, as vendas de bicicletas elétricas estabeleceram um novo recorde. De acordo com o observatório, 659.337 e-bikes foram compradas em 2021, um aumento de 28% em relação a 2020. Os modelos elétricos representam 24% do volume total do mercado de bicicletas francês. Em volume de negócios, as bikes elétricas registraram um crescimento de 23%, representando 1,3 bilhão de euros ou 59% do valor total do mercado de bicicletas.

O aumento nas vendas de e-bikes nas grandes cadeias de lojas como Intersport, Decathlon e Go Sport, fez com que o preço médio de varejo desses modelos caísse 4%, de 2.079 euros em 2020 para 1.993 euros em 2021. O preço médio do varejo de bicicletas comuns e e-bikes combinadas, na França, agora é de 794 euros, um aumento de 11% em relação a 2020.

Foram vendidas 270.000 e-bikes urbanas (+34%) e 176.000 e-trekking/ híbridas (+65%) no ano passado. Esses dois segmentos combinados agora representam uma participação de mercado de 69%. A terceira categoria é o e-MTB, com um volume total de 137.000 unidades.

Com relação à produção, em 2021 cerca de 804.744 unidades, incluindo 354.536 e-bikes, foram montadas na França. Comparando com 2020, a produção geral aumentou 25%. A previsão para a produção francesa de bicicletas convencionais e elétricas, em 2022, é de cerca de 1 milhão de unidades.

O French Bicycle Observatory ainda revela que 78% das bicicletas importadas vêm de países da União Europeia, como Portugal, Itália e Romênia em particular. “Esta mudança para a produção europeia é muito importante para o mercado francês porque há 5 anos cerca de 80% das bicicletas importadas vinham da Ásia”, explicou o vice-presidente da Union Sport & Cycle, Jérôme Valentin, ao portal Bike Europe.

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