Reconstrução ou Restauração, uma questão de escolha!

Muitas vezes você deve ter escutado: “o irmão do meu amigo tem uma bicicleta muito boa na garagem”. Muda o protagonista, mas a situação continua sendo uma bicicleta abandonada na garagem de alguma casa. São conhecidas histórias sobre frames e bicicletas encontrados em lixões, sucatas, abandonados em fundos de quintais ou num cantinho de alguma velha bicicletaria.

Acontecem também outros fatos curiosos, tais como clientes que deixam bikes em oficinas e nunca mais voltam para buscar. Esquecem ou acham uma maneira de desatravancar espaço em casa. Estes casos que normalmente acabam em abandono de uma bicicleta, geralmente estão ligados a algum dano existente na mesma. Quando ela deixa de funcionar, gera a necessidade de reparação e se torna alvo de um longo descanso junto de uma parede. Acumula neste período muito pó, pois seu proprietário
sente-se desestimulado em resolver o problema que atinge a magrela. Com passar de alguns anos, acaba por completo o desejo deste dono pela bicicleta, que acaba de alguma forma como as sugestões descritas anteriormente.

Aí mora uma oportunidade para um reconstrutor. Depreciada e abandonada, a bicicleta encontrará alguém que verdadeiramente a deseja. Na pobreza e na doença, a bicicleta encontrará a salvação e cura nas mãos de um alguém especial. Seu novo amor, um reconstrutor disposto a gastar tempo e dinheiro para ressurgir do pó um veículo. Novamente ela será capaz de transportar, gerar alegria, saúde e novas formas de pensar!

© Roberto Furtado

Distinguir reconstrução e restauração é importante no assunto da revitalização de bicicletas. Seriam práticas muito diferentes. Não há dúvidas de que a reconstrução é uma tarefa muito mais simples. Restaurar é um ato de revitalizar aquele material que ficou velho e que não se encontra mais em condições de uso ou cuja aparência está depreciada em relação à data de seu surgimento. A restauração muitas vezes lida com recuperar peças, onde é preciso refazer o cromado de componentes, encontrar peças no
mínimo assemelhadas em briques, ou localizar acessórios em todo lugar, mesmo que sejam estritamente relacionados àquele modelo de bicicleta. Alguns colecionadores fazem as próprias peças e outros itens da bicicleta de forma a preservar sua originalidade aparente. O conceito de restaurar está totalmente ligado a fidelizar a obra ao seu estado original. De forma a
exemplificar uma finalidade para estas velhas e reconstruídas bicicletas, frequentemente diretores de arte procuram estas obras. Elas podem ser encaixadas em filmes, comerciais e outros trabalhos fotográficos ou de outros segmentos do audiovisual.

O ato da reconstrução pode ser descrito como aplicar peças novas, muitas vezes diferentes do seu tempo original, mudar a
cor ou detalhes do modelo original. A reconstrução visa uma viabilidade de uso Roberto Furtado que provavelmente não é viável na restauração. Uma bicicleta reconstruída passa a ser uma obra “personalizada”, livre dos conceitos e estilos originais, mesmo que parcialmente. Esta personalização pode estar relacionada a uma cor que inexistia na linha de fabricação, componentes modernos, maior número de marchas, peças mais eficientes, pneus menores ou maiores que os da proposta do fabricante. O termo reconstruir combina com adaptar.

“Reconstruir ou Restaurar” é uma opção do seu autor. O que ele busca exatamente? Pode ser o uso rotineiro com conforto, desempenho, com um toque saudosista de um frame (quadro) da época, ou pode ser a fiel retratação de um modelo que serve
meramente para ser apreciado e talvez oportunizar pequenos passeios de domingo. Estes exemplos são formas de conceituar a revitalização de uma bicicleta, que esta relacionada à proposta de um fim e ao desejo do autor.

© Roberto Furtado

Em tempos de reciclar, muitos ciclistas estão procurando bicicletas danificadas de épocas passadas e componentes para adaptar, reconstruir e recuperar. A identificação de um tempo, de uma determinada época pode estar relacionada à vivência de um autor de obras de restauração ou reconstrução. Seja um reconstrutor ou restaurador, em toda geração de bikes estão presentes ambas as
personalidades. Há restauradores da década de 90, outros da década de 70. Também há reconstrutores, estes por sua vez, sem dúvida são menos exigentes quanto à fidelização ao seu tempo.

Restaurar é um ato muito difícil. Poucos que exercem esta atividade são realmente capazes de trazer de volta à vida algo com excelência superior a 95% da fidelidade. Exige tempo, dedicação, paciência, pesquisa e conhecimento. E nos menos aficionados gira a dúvida… Se reconstruir ou restaurar uma bicicleta dá tanto trabalho e custa tanto dinheiro, não seria mais fácil comprar uma
bicicleta nova? Sem dúvida, comprar pronto sempre é mais fácil e possui inúmeras vantagens.

Comprando uma bicicleta nova você pode parcelar o pagamento, desfrutar de garantias e ter reposição de peças facilmente encontradas em lojas. Quem procura por um projeto de restauração não está querendo se poupar do trabalho, tampouco do
dinheiro. Este ciclista é um alguém que procura a personalização de um material, talvez uma identificação com o resultado de sua obra. Muitas vezes ele tem mais prazer em dizer que foi ele mesmo que dirigiu o projeto reconstrutivo do que no próprio fato
de pedalar. Pode haver também lembranças de experiências vividas por este ciclista em tal bicicleta.

© Roberto Furtado

Prefere ele viver novas aventuras, passeios e viagens em uma bicicleta que estaria supostamente apegado. Isto pode ser uma realidade do proprietário de uma restauração ou reconstrução. Não podemos esquecer que existem afirmações bem justificadas,
tais como: “esta bicicleta pertenceu ao meu avô!”, ou “esta foi minha primeira bicicleta!”.

Esta relação de um ciclista ou proprietário com sua obra, fruto da reconstrução ou restauração, pode ser uma justificativa perfeita para demonstrar a necessidade deste fim. O fim justifica o meio para esta empreitada revitalizadora… E não há porque contestar qualquer intenção que seja pessoal, não é mesmo?

Reconstrução ou Restauração, uma questão de escolha! Muitas vezes você deve ter escutado: “o irmão do meu amigo tem uma bicicleta muito boa na garagem”. Muda o protagonista, mas a situação continua sendo uma bicicleta abandonada na garagem de
alguma casa. São conhecidas histórias sobre frames e bicicletas encontrados em lixões, sucatas, abandonados em fundos de quintais ou num cantinho de alguma velha bicicletaria.

Acontecem também outros fatos curiosos, tais como clientes que deixam bikes em oficinas e nunca mais voltam para buscar. Esquecem ou acham uma maneira de desatravancar espaço em casa. Estes casos que normalmente acabam em abandono de uma bicicleta, geralmente estão ligados a algum dano existente na mesma. Quando ela deixa de funcionar, gera a necessidade de reparação e se torna alvo de um longo descanso junto de uma parede. Acumula neste período muito pó, pois seu proprietário
sente-se desestimulado em resolver o problema que atinge a magrela. Com passar de alguns anos, acaba por completo o desejo deste dono pela bicicleta, que acaba de alguma forma como as sugestões descritas anteriormente.

Aí mora uma oportunidade para um reconstrutor. Depreciada e abandonada, a bicicleta encontrará alguém que verdadeiramente a deseja. Na pobreza e na doença, a bicicleta encontrará a salvação e cura nas mãos de um alguém especial.

Seu novo amor, um reconstrutor disposto a gastar tempo e dinheiro para ressurgir do pó um veículo. Novamente ela será
capaz de transportar, gerar alegria, saúde e novas formas de pensar!

Distinguir reconstrução e restauração é importante no assunto da revitalização de bicicletas. Seriam práticas muito diferentes. Não há dúvidas de que a reconstrução é uma tarefa muito mais simples. Restaurar é um ato de revitalizar aquele material que ficou velho e que não se encontra mais em condições de uso ou cuja aparência está depreciada em relação à data de seu surgimento. A restauração muitas vezes lida com recuperar peças, onde é preciso refazer o cromado de componentes, encontrar peças no mínimo assemelhadas em briques, ou localizar acessórios em todo lugar, mesmo que sejam estritamente relacionados àquele modelo de
bicicleta. Alguns colecionadores fazem as próprias peças e outros itens da bicicleta de forma a preservar sua originalidade aparente. O conceito de restaurar está totalmente ligado a fidelizar a obra ao seu estado original. De forma a exemplificar uma finalidade para estas velhas e reconstruídas bicicletas, frequentemente diretores de arte procuram estas obras. Elas podem ser encaixadas em filmes, comerciais e outros trabalhos fotográficos ou de outros segmentos do audiovisual.

© Roberto Furtado

O ato da reconstrução pode ser descrito como aplicar peças novas, muitas vezes diferentes do seu tempo original, mudar a
cor ou detalhes do modelo original. A reconstrução visa uma viabilidade de uso que provavelmente não é viável na restauração. Uma bicicleta reconstruída passa a ser uma obra “personalizada”, livre dos conceitos e estilos originais, mesmo que parcialmente. Esta personalização pode estar relacionada a uma cor que inexistia na linha de fabricação, componentes modernos, maior número
de marchas, peças mais eficientes, pneus menores ou maiores que os da proposta do fabricante. O termo reconstruir combina com adaptar.

“Reconstruir ou Restaurar” é uma opção do seu autor. O que ele busca exatamente? Pode ser o uso rotineiro com conforto, desempenho, com um toque saudosista de um frame (quadro) da época, ou pode ser a fiel retratação de um modelo que serve
meramente para ser apreciado e talvez oportunizar pequenos passeios de domingo. Estes exemplos são formas de conceituar a revitalização de uma bicicleta, que esta relacionada à proposta de um fim e ao desejo do autor.

Em tempos de reciclar, muitos ciclistas estão procurando bicicletas danificadas de épocas passadas e componentes para adaptar, reconstruir e recuperar. A identificação de um tempo, de uma determinada época pode estar relacionada à vivência de um autor de obras de restauração ou reconstrução. Seja um reconstrutor ou restaurador, em toda geração de bikes estão presentes ambas as
personalidades. Há restauradores da década de 90, outros da década de 70. Também há reconstrutores, estes por sua vez, sem dúvida são menos exigentes quanto à fidelização ao seu tempo.

© Roberto Furtado

Restaurar é um ato muito difícil. Poucos que exercem esta atividade são realmente capazes de trazer de volta à vida algo com excelência superior a 95% da fidelidade. Exige tempo, dedicação, paciência, pesquisa e conhecimento. E nos menos aficionados gira a dúvida… Se reconstruir ou restaurar uma bicicleta dá tanto trabalho e custa tanto dinheiro, não seria mais fácil comprar uma
bicicleta nova? Sem dúvida, comprar pronto sempre é mais fácil e possui inúmeras vantagens.

Comprando uma bicicleta nova você pode parcelar o pagamento, desfrutar de garantias e ter reposição de peças facilmente encontradas em lojas. Quem procura por um projeto de restauração não está querendo se poupar do trabalho, tampouco do
dinheiro. Este ciclista é um alguém que procura a personalização de um material, talvez uma identificação com o resultado de sua obra. Muitas vezes ele tem mais prazer em dizer que foi ele mesmo que dirigiu o projeto reconstrutivo do que no próprio fato
de pedalar. Pode haver também lembranças de experiências vividas por este ciclista em tal bicicleta.

Prefere ele viver novas aventuras, passeios e viagens em uma bicicleta que estaria supostamente apegado. Isto pode ser uma realidade do proprietário de uma restauração ou reconstrução. Não podemos esquecer que existem afirmações bem justificadas,
tais como: “esta bicicleta pertenceu ao meu avô!”, ou “esta foi minha primeira bicicleta!”.

Esta relação de um ciclista ou proprietário com sua obra, fruto da reconstrução ou restauração, pode ser uma justificativa perfeita para demonstrar a necessidade deste fim. O fim justifica o meio para esta empreitada revitalizadora… E não há porque contestar qualquer intenção que seja pessoal, não é mesmo?