A Bicicleta na ECONOMIA COMPARTILHADA

Qual é o tamanho da economia compartilhada de bicicletas?

Quantos sistemas de compartilhamento de bike existem?

Quantas bicicletas são compartilhadas no Brasil e no mundo?

Como as cidades podem avaliar a adoção e implementação do compartilhamento de bicicletas?

Economia compartilhada é um sistema no qual as pessoas trocam ou alugam objetos quando preferem dividir as coisas em vez de possuí-las —especialmente se forem usar esses itens de vez em quando. O compartilhamento de bicicletas, por exemplo, permite que um usuário pegue uma bicicleta emprestada em um local e a devolva em outro destino.

O sistema de bicicleta compartilhada (bike share) pode ser tanto de uma iniciativa pública, quanto privada. Existem diversos tipos de bicicletas compartilhadas, mas, em geral, o processo é o mesmo: o sistema é oferecido por alguma operadora que deixa os veículos em estações, nas quais as pessoas podem retirar os veículos e devolver na mesma ou em outra estação do sistema.

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Bicicleta compartilhada sem estação

E melhor ainda, cresce em todo o mundo o sistema de bicicleta compartilhada sem estação (dockless ou freefloating). Uma ótima solução de mobilidade para as viagens de “última milha”. Nesse caso, se a bicicleta for sem doca, pode ser estacionada em qualquer local, porque tem uma trava ligada ao chassi que a imobiliza. 

Histórico

Embora possa parecer nova, a ideia de compartilhar bicicletas nas cidades nasceu na década de 1960, em Amsterdã. O primeiro programa desse tipo que fez sucesso foi idealizado por Luud Schimmelpennink, em associação com o grupo Provo, em 1965, quando eles pintaram bicicletas de branco e disponibilizaram na cidade para que todos pudessem usar.

Passados mais de 50 anos, o programa está vivo, ativo e crescente. O surgimento de novas tecnologias, incluindo bicicletas elétricas, está criando novas oportunidades, a ponto de aumentar o interesse e as preocupações de risco das autoridades municipais em todo o mundo. 

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Um estudo feito em 2019, pela World Resources Institute (WRI), mostra como esses sistemas cresceram rapidamente no final dos últimos anos. O estudo oferece um documento de trabalho que procura fornecer aos tomadores de decisão em nível de cidade uma série de perguntas e respostas frequentes para avaliar a adoção e implementação do compartilhamento de bicicletas.

Veja o estudo na íntegra: https://files.wri.org/d8/s3fs-public/the-evolution-bikesharing.pdf

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A evolução dos modelos de negócios e do investimento privado continua a remodelar e ampliar drasticamente o alcance dos serviços de compartilhamento de bicicletas, tanto que a crescente popularidade está incorporada agora no cenário mais amplo de uma economia de compartilhamento emergente nos centros urbanos em todo o mundo.

Quantas bicicletas são compartilhadas no mundo?

Dados de 2019, segundo o levantamento do WRI, a maioria absoluta (95%) dos sistemas de compartilhamento de bikes no mundo foi lançada a partir de 2007. A ideia se popularizou a partir daquele ano por causa do lançamento do famoso Vélib, em Paris (até hoje um dos maiores do mundo, com 20 mil bicicletas à disposição do público).

Vélib, Paris ©Vélib

Nesse ano, 2022, estima-se que 8,9 milhões de bicicletas sejam compartilhadas em diversos tipos de sistemas pelo mundo, de acordo com o Bike Sharing World Map. A China é o país com o maior número de sistemas de compartilhamento de bikes do mundo (623), seguida por Estados Unidos (174), Alemanha (107), Itália (104) e França (70), aponta um estudo feito com base nesses dados em 2021. O Brasil fica em décimo terceiro lugar no ranking, com 13 sistemas.

Bicicleta compartilhada cresce no Brasil

CASE

iFood Pedal foi criado em 2020 dentro do modelo da economia compartilhada. O programa está em sintonia com essa premissa, e permite a entregadores e entregadoras compartilhar bicicletas elétricas ou convencionais. Em vez de comprar uma bicicleta, eles podem alugar o veículo para usar no delivery, a valores acessíveis.

 © ifood

O iffod Pedal é apenas um exemplo do sucesso do sistema de compartilhamento de bikes. O Brasil conta com vários outros como o E-moving, Bike Itaú + Tembici, Ciclo Sampa, Bikefácil, Scoo… pra citar apenas alguns.

Os impactos gerados, mundo afora, pelos sistemas de compartilhamento de bicicletas, principalmente com a pandemia de Covid19, mostram como podem trazer muitos de benefícios para a saúde, o clima e a economia, remodelando a mobilidade urbana e dando às pessoas uma forma mais resiliente e eficiente de se deslocar.

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