A substituição dos componentes da transmissão já desgastados por um novo conjunto é, aparentemente, uma tarefa fácil, porém, existem alguns detalhes cruciais que devem ser respeitados para que haja o bom funcionamento do conjunto, seja um de alto rendimento ou de linha de entrada.

Com o passar do tempo os componentes da transmissão se desgastam e torna-se necessário realizar uma substituição. Para isso, veja o caminho das pedras para fazer esse trabalho sem erros. Vamos lá!

Principais componentes da transmissão

  • Corrente
  • Cassete (Pinhões)
  • Coroas
  • Polias do câmbio (roldanas)

Principais cuidados na hora da substituição dos ítens

  • Aperte todos os parafusos.
  • Coroas – 10.78Nm.
  • Polias – 3.92Nm.
  • PedivelaHollow Tech II 12 – 15Nm.
  • Feche a corrente utilizando sempre o pino conector tipo ampola (no caso de Shimano). Muita atenção, pois esses pinos possuem uma medida diferente para cada tipo de corrente, seja de 8, 9 e 10 velocidades.
  • Outro ponto a se atentar é a posição das novas correntes para 10 velocidades que são assimétricas e que devem ser montadas da seguinte forma: com a face das inscrições voltada para fora.
© Ronaldo Huhm

Comprimento da corrente

É necessário posicionar a corrente na coroa maior e no pinhão maior do cassete, sem passar pelo câmbio. Para isso, meça a corrente deixando dois elos de folga e reposicione a corrente na posição coroa menor X cassete menor, dessa vez passando pelo câmbio dianteiro e traseiro. Após esse procedimento, você poderá fechar a corrente utilizando o pino tipo ampola fornecido com a mesma.

Ainda relativo à montagem, mas referente às coroas: Todas as coroas possuem um “ponto” determinante do sincronismo do sistema, que quando desalinhado impede que as marchas mudem suavemente. Esse ponto é determinado por pequenas saliências nas coroas que servem como referência para a montagem das mesmas. Esses pontos devem estar alinhados sempre na linha do braço do pedivela e entre si.

Aperto dos parafusos das polias

Muita atenção nesse ponto, pois em caso de soltura, o câmbio e o quadro da bike poderão ser danificados. Sempre aperte corretamente tomando cuidado para não espanar o parafuso, sem deixá-lo frouxo.

Lembre-se sempre que é prudente refazer o ajuste dos câmbios, inclusive conferindo o alinhamento da gancheira do câmbio traseiro, pois se houver um desalinhamento, não será possível um ajuste perfeito, independente da condição de desgaste dos componentes da transmissão.


© Ronaldo Huhm

Nota

Hoje em dia e de agora em diante, as bicicletas serão cada vez mais tecnológicas, leves e precisas. Para alcançar esse padrão devemos trabalhar com muito cuidado e atenção aos detalhes, por isso o ferramental é imprescindível. Utilize sempre o torquímetro e procure informações sobre o torque a ser aplicado em cada parafuso de sua bike.

© Ronaldo Huhm

Essas informações estão disponíveis nos manuais de proprietário e em alguns dos sites dos fabricantes.