Estudo compara o perfil de usuários de bicicletas compartilhadas com a população em geral
Bicicletas compartilhadas são ótimas oportunidades para iniciar pessoas na ciclomobilidade, bem como para fortalecer a cultura da bicicleta. Neste contexto, o Cebrap acaba de divulgar um estudo inédito com a caracterização social de usuários dos sistemas de cinco capitais, comparando com a população em geral destas cidades.
Na divisão por gênero, a proporção de mulheres utilizando bicicletas compartilhadas é maior do que a de ciclistas em geral, porém menor do que a proporção de mulheres residindo nas cidades: 16% de mulheres usuárias do Bike Sampa (SP); 21% de mulheres no Bike Rio (RJ); 33% no Bike Salvador (BA); 45% no Bike POA (RS). A única exceção é Recife, com 57% de mulheres usuárias do sistema Bike PE.
A utilização das compartilhadas por pessoas autodeclaradas pretas e pardas é bastante expressiva. Em Porto Alegre, por exemplo, 33% dos usuários do sistema se autodeclaram pretos ou pardos (o dobro da população negra na cidade como um todo).
Apesar dos sistemas estarem concentrados nas regiões mais centrais das cidades, a proporção de pessoas de baixa renda utilizando os sistemas é similar à proporção da população em geral. E em termos de intermodalidade (ou seja, uso das bikes compartilhadas com outro modo de transporte), São Paulo lidera com 71%, seguido do Recife (67%), Porto Alegre (46%), Rio de Janeiro (41%) e Salvador (37%).
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