Quais são as modalidades do ciclismo nas Olimpíadas?

O maior evento esportivo do planeta está chegando. Os Jogos Olímpicos de Tóquio começam em 23 de julho, com 46 modalidades.

O ciclismo se tornou um esporte olímpico nos primeiros Jogos modernos em Atenas 1896 e é um dos poucos esportes que participaram de todos os Jogos Olímpicos.

Sabe quantas são de ciclismo? E quando cada uma ingressou nos jogos? E quem são os competidores mais fortes nessa edição dos jogos? Vem descobrir.

Modalidades

São cinco, ao todo: ciclismo BMX corrida, ciclismo BMX freestyle, ciclismo – mountain bike, ciclismo de estrada e ciclismo de pista.

© BMX BH

BMX corrida

No ciclismo BMX corrida, o objetivo é chegar em primeiro percorrendo uma pista. O percurso tem cerca de 400 metros e consiste em cinco provas ao todo. Serão 24 competidores em cada gênero. Oito chegam na final.  Essa modalidade é jovem: apareceu nas Olimpíadas de Pequim, em 2008.

Favoritos: Connor Fields, dos EUA, Niek Kimmann e Twan Van Gendt, da Holanda, Joris Daudet, da França, e Carlos Ramírez, da Colômbia. No feminino, Mariana Pajón, da Colômbia, Alise Willoughby, dos EUA, Laura Smulders, da Holanda, e Saya Sakakibara, da Austrália.

© Adobestock

BMX Freestyle

O ciclismo BMX freestyle tem um formato bem diferente. Nele, os competidores têm sessenta segundos pra mostrar suas manobras, em duas oportunidades. E nas Olimpíadas ele é mais jovem ainda: vai estrear nessa edição de Tóquio. Serão nove competidores de cada gênero.

Favoritos: Brandon Loupos, da Austrália, Daniel Dhers, da Venezuela e Rim Nakamura, do Japão. No feminino, Hannah Roberts, dos EUA, Macarena Perez, do Chile, e Charlotte Worthington, da Grã-Bretanha.

 © Boris Beyer  Red Bull Content Pool

Mountain bike

No ciclismo mountain bike, competidores percorrem na modalidade cross-country entre quatro e seis quilômetros em trilha. O esporte se tornou modalidade olímpica em 1996, na edição de Atlanta. O percurso desses Jogos deve ser mais difícil que o normal. A diferença de altura vertical será de 150 metros. Em algumas partes do percurso, haverá vistas panorâmicas do Monte Fuji.

Favoritos: Nino Schurter, da Suíça, Mathieu van der Poel, da Bélgica, Victor Koretsky, da França, e Luca Braldot, da Itália. No feminino, Jenny Rissveds, da Suécia, Kate Courtney, dos EUA, Jolanda Neff e Sina Frei, da Suíça.

As modalidades de ciclismo mais antiga são o ciclismo de estrada e o de pista. Existem desde os primeiros Jogos Olímpicos, em 1896.

© Specialized

Ciclismo de estrada

No ciclismo de estrada, serão dois tipos: corrida de rua e contra-relógio individual. Ambos terão categorias masculina e feminina. Em 2021 vai ser a primeira vez que o ponto de partida e a chegada serão em lugares diferentes (sem um circuito, como sempre era). Será um percurso de 244 km para os homens e 147 km para a mulheres. Haverá uma elevação total de 2.692m na prova feminina e 4.865m na prova masculina, semelhante à conclusão da Etapa da Rainha do Tour de France. Já o contra-relógio masculino terá duas voltas em um percurso de 22,1 km, e uma volta no mesmo percurso para as mulheres. No contra-relógio, serão 40 homens e 25 mulheres participando.

Na corrida de rua, Julian Alaphilippe, da França, merece atenção. Além de Anna van der Breggen, da Holanda. Já no contra-relógio, Tom Dumoulin, da Holanda, Rohan Dennis, da Austrália e Remco Evenpoel, da Bélgica.

© André Hawk

Ciclismo de pista

Já o ciclismo de pista é disputado em um velódromo. Em uma pista oval de 250 metros, os ciclistas competem pra atingir o menor tempo nas voltas. São 6 eventos: equipe de sprint (masculino / feminino), sprint (masculino / feminino), Keirin (homens / mulheres), perseguição em equipe (masculino / feminino), Omnium (homens / mulheres) e Madison (homens / mulheres).

No sprint da equipe, duas equipes de três ciclistas correm ao redor da pista. Após cada volta, o piloto líder se afasta, permitindo que o próximo piloto suporte a resistência do ar. A corrida é um teste de habilidade de uma equipe, e a corrida é decidida pelo tempo de chegada do último piloto da equipe.

No sprint, os pilotos correm individualmente. Várias táticas são empregadas durante a corrida para evitar perder a liderança e suportar a resistência do ar. Às vezes, um piloto fará uma ‘parada na pista’, parando completamente na tentativa de assumir uma posição na parte traseira. No entanto, a volta final é uma corrida para o final.

No keirin, até sete pilotos competem em uma corrida de seis voltas. É usado um marcapasso, que aumenta gradualmente a velocidade à medida que os ciclistas andam para trás durante as manobras para se posicionar. O marcapasso acelera para 50km/h, e quando restam apenas três voltas, ele se afasta para permitir que os pilotos corram freneticamente para a chegada.

A perseguição por equipe é uma corrida de 4km entre duas equipes de quatro pilotos, que correm para ultrapassar a outra equipe ou para bater seu tempo. Há todo um trabalho de equipe que os pilotos demonstram ao mudar de posição para vencer a resistência do ar.

O Omnium é um evento de corrida múltipla. Quatro corridas são realizadas em um dia, e os pilotos recebem pontos por sua posição final, que são totalizados no final para determinar sua classificação.

A primeira corrida é uma corrida scratch, onde todos os pilotos começam juntos e correm para ser os primeiros na linha de chegada; o segundo é o tempo race e fará sua estreia em Tóquio 2020, onde o piloto líder ganha pontos por vencer uma volta; a terceira é uma corrida de eliminação, onde o último piloto é eliminado após cada segunda volta; e a quarta é uma corrida por pontos, onde os pilotos competem por 30km (homens) ou 20km (mulheres) e ganham pontos ao longo do caminho.

Favoritos: Os países europeus dominam o ciclismo de pista. A Holanda conquistou 11 medalhas no Campeonato Mundial de Ciclismo de Pista de 2019. Mas a Austrália é uma forte concorrente também: 10 medalhas conquistadas na mesma competição. Já a República Popular da China está forte no sprint feminino, e Hong Kong (China) pode ser candidata ao ouro no keirin feminino. O britânico Bradley Wiggins é um grande favorito, com oito ouros olímpicos no ciclismo de pista e de estrada. Além dele, seus conterrâneos Jason e Laura Kenny. A holandesa Kirsten Wild tem 16 medalhas em Mundiais. Na velocidade feminina, a Alemanha vem muito forte, com Emma Hinze e Pauline Grabosch.

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