País tem novas leis climáticas aprovadas, que preveem investimento bilionário em energia limpa

Recentemente, o presidente Joe Biden aprovou uma nova legislação climática nos EUA que prevê a injeção de US$ 370 bilhões em apoio aos programas de energia limpa e US$ 14 bilhões em incentivos fiscais para quem comprar carros elétricos novos ou usados.

Biden também assinou uma ordem executiva no ano passado para garantir que metade dos veículos vendidos nos Estados Unidos sejam elétricos até 2030 (atualmente, são apenas 6%). A meta é reduzir em 40% as emissões de carbono nos Estados Unidos até lá.

Tudo indica que a ideia é associar os projetos federais às novas regras anunciadas na Califórnia. O que já era previsto pelo governo Biden, que também afirmou que seriam necessárias políticas mais rígidas para atingir o objetivo.

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O que dizem as montadoras

General Motors, uma das gigantes do mercado americano, já confirmou em 2021 que não deve produzir mais veículos a combustão até 2035.

A Ford acaba de dispensar três mil funcionários; a maioria ainda atuava em projetos de carros a combustão. A montadora também visa investir nos elétricos e já se comprometeu a divulgar em breve os seus planos de eletrificação.

Para John Bozzella, presidente da Alliance for Automotive Innovation, entidade que representa grandes montadoras que atuam nos EUA, a mudança será desafiadora. O executivo citou que alguns fatores serão decisivos para entender se o projeto é “realista e alcançável”, entre eles estão: a inflação, a infraestrutura de recarga, mão de obra, disponibilidade e preços de minerais e a escassez de semicondutores, que segue afetando diversos setores da indústria.

Segundo o executivo, a Califórnia precisa se preocupar ainda em impulsionar a capacidade dos EUA de obter minerais como o lítio e o cobalto, essenciais para a fabricação de baterias. Dessa forma, seria viável oferecer veículos elétricos por um preço mais baixo ao consumidor, aquecendo o mercado de EVs.

Uma saída, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), é a aposta nos biocombustíveis. A fabricação e a venda de motores a combustão para países em desenvolvimento também continuarão em alta no futuro, já que muitos não vão conseguir migrar tão rápido para os carros totalmente elétricos.

Outro desafio para o mercado automotivo nacional é o custo dos EVs e principalmente das baterias.

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