Ciclismo e exercícios funcionais tiveram crescimento neste período de pandemia no Brasil

Organizado pela Semexe, levantamento analisa mudanças no comportamento de praticantes de atividades físicas no País, com destaque às atividades individuais

Diminuições no futebol e em esportes de contato físico, ascensão de esportes individuais. Esse é o cenário dos praticantes de exercícios no Brasil após seis meses desde o início do período de quarentena no País. Organizado pela Semexe, startup do setor esportivo, o levantamento especial analisou como os hábitos dos brasileiros relacionados aos esportes foram impactados por conta do Coronavírus, quais são os comportamentos atuais e como a expectativa pela vacina influencia os próximos meses.

Dos entrevistados, mais de 50% deles reduziram a prática de exercícios físicos entre fevereiro de 2020 até o início de outubro de 2020. Esporte mais influente no Brasil, a prática amadora de futebol foi bastante afetada. Dos respondentes que jogavam com frequência, 90% deles ainda não retornaram às quadras ou gramados em outubro. Outros esportes também apresentam decréscimos, como Artes Marciais (-83%), Vôlei (-67%), Natação (-53%) e Musculação (-46%). Em comum, esses esportes foram impactados pelo fechamento ou redução de uso em locais adequados para treinamento, receio de atividade com contato físico e temeridade enquanto não houver vacina eficaz, entre outras causas. 

Por outro lado, os brasileiros incorporaram atividades físicas individuais no dia a dia. 89% dos entrevistados afirmam que tais modalidades são mais seguras do que os esportes coletivos. Neste aspecto, destacam-se os exercícios funcionais, com aumento de 36%, assim como o ciclismo em algumas regiões. Em São Paulo, o crescimento do pedal foi de 11%, enquanto em Minas Gerais foi de 15%. Dentro da margem de erro, Tênis se manteve estável. Comparando-se Futebol, Corrida de Rua, Musculação, ‘Outros’ e Ciclismo, este último é tido como o mais prudente neste momento em relação a evitar a contaminação pelo vírus, logo, excluindo-se fatores como lesão ou local adequado à prática. 

“Percebemos uma grande mudança de comportamento em nossa plataforma neste período de pandemia. Decidimos, então, lançar uma pesquisa para nos ajudar a entender o que estava acontecendo com a prática esportiva. Nossas vendas de bicicletas dispararam, tivemos fila de espera por rolos de treino, aluguel de bikes de spinning e equipamentos para iniciantes. A pesquisa deixou claro que houve uma migração massiva para esportes individuais e que a bicicleta também passou a ser vista mais ainda como alternativa de transporte”, afirma Gabriel Novais, co-fundador da Semexe. 

A Pesquisa Semexe 2020 foi realizada de 24 de setembro até 6 de outubro, com respondentes de 17 cidades, em todas as regiões do País, que se consideram praticantes de atividades físicas. Antes da aplicação do questionário (Pesquisa Conclusiva Descritiva Transversal Única), foram feitas análises de dados secundários e uma pesquisa qualitativa para balizar quais seriam os principais atributos a serem analisados. Confira, abaixo, mais resultados interessantes sobre o material:

– Os mais jovens têm menos receio de voltar à academia do que os mais velhos. Por exemplo, a faixa etária acima de 55 anos tem 50% mais receio sobre o tema do que a faixa de 18 a 24 anos. Por isso, a faixa etária acima de 55 anos se diz 80% mais propensa a trocar a academia pela bicicleta como alternativa à prática de atividade física no período. 

– 80% dos respondentes acreditam que manterão ao menos um hábito esportivo adquirido durante a pandemia mesmo após ser vacinado contra Covid-19. 

– 62% dos respondentes consideram utilizar com mais frequência a bicicleta para atividades simples do dia a dia, como ir ao mercado.

– 15% dos respondentes creem que a prática amadora de futebol, neste momento de pandemia, é uma atividade segura.

– 89% dos respondentes acreditam que pedalar ao ar livre é mais seguro do que no aparelho da academia. Dos entrevistados, 50% deles ainda têm receio de voltar à academia. 

– As mulheres tendem a considerar 36% mais do que os homens que a pandemia mudou os seus hábitos esportivos. A Idade é outro fator importante. Quanto mais jovem, mais afetada foi a pessoa. Por exemplo, o público de 25 a 34 anos foi 78% mais afetado que o público acima de 55 anos.

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