Depois de anos coletando informações e estudos, os suecos descobriram uma tecnologia imbatível para melhorar a fluidez do tráfego de veículos: a bicicleta. 

No mundo todo a Suécia é conhecida como referência no conceito de cidade inteligente. O uso avançado de tecnologias para gerir o dia a dia da municipalidade é uma estratégia de governo, inclusive com o objetivo de exportar soluções para outros países. Um dos principais benefícios da tecnologia é a possibilidade de reunir dados sobre tudo, como o trânsito das metrópoles. E, após anos de coleta de informações e estudos, os suecos descobriram uma tecnologia imbatível para melhorar a fluidez do tráfego de veículos: a bicicleta. 

O conselheiro sênior, Östen Ekengre, do IVL Swedish Environmental Research Institute, diz que a experiência sueca demonstra que a tecnologia é uma ferramenta para organizar a cidade, mas ela, sozinha, não resolve os problemas. “Se o tráfego depende de carros individuais, a digitalização não vai funcionar”.

O que os dados mostram em Estocolmo?

Primeiro, é que a maioria das viagens é de curta distância. A infraestrutura da metrópole, no entanto, não favorece o transporte cicloviário como deveria. “Precisamos replanejar”, afirma Ekengre. “A bicicleta, além de ser um transporte eficiente, melhora a saúde das pessoas.” 

E o Brasil?

Já desde 2013, o governo sueco mantém uma parceria com a cidade de Curitiba focada em mobilidade. A iniciativa está entrando em uma nova fase, este ano, que irá explorar maneiras de usar plataformas tecnológicas para coletar e analisar dados. Ekengre elogia o sistema de ônibus da cidade, idealizado pelo urbanista Jaime Lerner, ex-prefeito da capital paranaense. “O sistema de ônibus leves brasileiro é muito eficiente”, diz ele. O que falta, no entanto, é eletrificar. 

Está em andamento no país uma série debates sobre tecnologia, no evento Semanas de Inovação Brasil-Suécia.. As inscrições para participar do evento, online, podem ser feitas no site da iniciativa.