Forma alternativa de transmissão para a bicicleta: pedalar utilizando câmbios sem engrenagens é possível!

O primeiro protótipo, construído em 23 de abril desse ano, completou pouco mais de 1.600 km rodados em estradas de asfalto e de terra em setembro. Foram utilizadas duas polias confeccionadas em plástico termofixo (resina poliéster + fibra de vidro), com canais lisos. A transmissão entre as duas polias é feita por uma correia (padrão industrial “V” A 55) de borracha, sem dentes. Para manter a correia com a tensão desejada, foi utilizado um mecanismo com cabo de aço, polia e alavanca de controle no guidão. Este protótipo carregado com 130 kg, venceu uma rua com inclinação de 18%, sem que a correia escorregasse nas polias, os pedivelas neste teste estavam com 190 mm de comprimento. A relação entre a polia maior e a menor é de 1,32 (com diâmetros de 216 e 164 mm, equivalentes a engrenagens de 54×41 dentes). Os dois câmbios não possuem qualquer engrenagem ou dentes, estão localizados nas extremidades do eixo dos pedivelas. As várias marchas são determinadas pelo tamanho dos pedivelas. São acionadas por duas alavancas situadas no guidão, permitindo as mudanças com a bicicleta estacionada ou em movimento e, de forma independente, para cada uma das pernas. Para aumentar a velocidade da bicicleta, os pedivelas são diminuídos, com isso consegue-se girá-los mais rapidamente; neste protótipo, aproximadamente 40km/h em descidas. Para se mover em aclives, os pedivelas são aumentados, promovendo aumento do torque para as rodas e  a  diminuição da velocidade do giro dos pedais e da bicicleta.

Jose Luiz Zanetti – jlzzanetti@terra.com.br