‘Bike’: a música de ciclismo de Pink Floyd e Syd Barrett
‘Bike’ é a música que fecha o grande álbum The Piper at the Gates of Dawn, a estreia do Pink Floyd e o ápice da psicodelia. Lançado em 1967, o álbum foi intitulado com o mesmo nome de um dos capítulos de um clássico da literatura infantil, The Wind in the Willows, do escritor escocês Kenneth Grahame, o romance favorito de Syd Barrett. Em sintonia com o clima geral do álbum, o tema tem um espírito sonhador e lisérgico: sons de relógios, gongos e violinos precedem um desenlace narcótico que se aproxima da música específica.
A música é dedicada a Jenny Spiers, namorada de Syd Barrett na época em que The Piper at the Gates of Dawn foi gravado, e também mencionada em outra das músicas do álbum, Lucifer Sam.
The Piper at the Gates of Dawn é o álbum do Pink Floyd em que Barett teve o maior impacto e para muitos o melhor da história do grupo. Para além dos gostos pessoais, é sem dúvida um dos mais singulares que a banda inglesa gravou, uma alucinante viagem musical em perfeita harmonia com outros álbuns considerados fundamentais na história da psicodelia como Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967), por The Beatles, e Odessey and Oracle (1968), por The Zombies.
Grande alquimista da psicodelia britânica, Syd Barrett também gravou dois excelentes álbuns solo lançados no mesmo ano, 1970: The Madcap Laughs e Barrett. Seus ex-colegas do Pink Floyd, onde teve papel decisivo por apenas cinco anos, dedicaram a ele uma das músicas mais famosas do grupo, incluído no clássico Wish You Were Here (1975).
Os herdeiros de Barrett mantêm um site oficial com muita informação sobre este músico único que, em ‘Bike’, revela o seu amor por assuntos tão diversos como ratos desabrigados, exércitos de homens de gengibre e, claro, bicicletas.
