Ciclotur no Parque Vila Velha
Integrantes de entidades ligadas ao cicloturismo fizeram visita técnica ao circuito autoguiado de cicloturismo do Parque Estadual Vila Velha e puderam ver que o modelo pode ser perfeitamente replicado em outros lugares pelo estado e pelo país.
Visita Técnica
O Lobi Cicloturismo promoveu no dia 10 de novembro de 2021 uma visita técnica para promover o cicloturismo no Parque Estadual Vila Velha. A visita teve o objetivo de aumentar a integração e o desenvolvimento de uma parceria duradoura entre entes públicos e privados no que diz respeito ao cicloturismo. Por conta disso, foram convidados integrantes de entidades ligadas ao cicloturismo, como o Cicloiguaçu, Bicicletaria Cultural e do Programa Ciclovida, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e de órgãos públicos, como o deputado estadual Goura Nataraj, representante da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).
Uma volta no Parque
Todos percorreram de bicicleta os 22 quilômetros do circuito autoguiado de Vila Velha, que passa pelos principais atrativos do Parque e é uma autêntica experiência turística. Partindo do Centro de Visitantes em cima da “magrela”, os ciclistas pedalaram rumo a Lagoa Dourada, depois foram às Furnas e finalizaram o trajeto nos Arenitos. Vila Velha é um grande sítio geológico situado em Ponta Grossa e um dos principais atrativos turísticos do estado do Paraná, tendo a formação geológica da taça como um dos principais símbolos do turismo estadual.
Boas impressões
“A gente tem que valorizar, conhecer cada vez mais e preservar essas belezas para as presentes e futuras gerações, então sugiro que quem ainda não veio ao Parque Estadual de Vila Velha, venha e traga a bicicleta, é um passeio para toda a família”, foram as palavras do deputado estadual Goura para destacar o cicloturismo no Parque Estadual Vila Velha.
Dep. Goura Nataraj
Um lugar para a família
Tal qual o deputado estadual, o coordenador do Programa Ciclovida, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), José Carlos Belotto, também elogiou o projeto, bem como a administração do local. “É um conceito familiar, com toda a segurança e está sendo uma oportunidade muito bacana de conhecer e ver esse trabalho, além de poder indicar às pessoas que venham a Vila Velha praticar o cicloturismo”, disse.
José Carlos Assunção Belotto – Ciclovida UFPR
Ciclotur Autoguiado
Do mesmo modo, Fernando Rosenbaum, representante do Cicloiguaçu elogiou o trabalho desenvolvido pelo Lobi para pôr em prática a rota. “Foi um grande esforço do Lobi para que o Parque pudesse receber os cicloturistas, somente com a bicicleta é possível fazer uma visita autoguiada e ter acesso a essa beleza natural”, destacou ele. Além disso, ele complementou falando sobre o desejo de que esse projeto possa ser replicado em outros lugares do Estado. “Que essa experiência possa ser replicada em outros parques estaduais e quem sabe também para os parques nacionais!”, enalteceu.
Fernando Rosenbaum – CicloIguaçu
Marco na história
Definitivamente, os três personagens citados acima têm os nomes marcados na história do ciclismoativismo paranaense. A história começa no ano de 2007, nas comemorações do Dia Mundial Sem Carro, quando aproximadamente 50 cicloativistas independentes decidiram pintar uma ciclofaixa simbólica em uma rua de um bairro de Curitiba como forma de reivindicação de ações contra a falta de infraestrutura e pela inexistência de uma política pública séria em prol da ciclomobilidade da capital paranaense.
Essa ação ajudou a cidade de Curitiba a ter hoje 220,8 km de malha cicloviária.
Parque Vila Velha e Lobi Ciclotur: parceria que deu certo
Voltando ao assunto, desde 2020 foram implantadas atrações que transformaram a experiência de quem buscava praticar o cicloturismo no Parque Estadual Vila Velha e a administração da Unidade de Conservação aposta na sensorialidade para conquistar os turistas. Os visitantes que vão conhecer a estrutura do local podem conhecer os atrativos naturais em cima de uma bicicleta, o que torna a experiência muito mais cômoda e imersiva.
Totalmente autoguiado
Assim, o circuito de cicloturismo no Parque Estadual Vila Velha foi implantado a partir de um projeto executado pelo Lobi Cicloturismo em 2020 e, por conta disso, conta com sinalização própria. Portanto, isso faz com que a experiência do turista que opta por conhecer o Parque de bicicleta seja totalmente independente, sem precisar da contratação de guias, já que todo caminho é demarcado de forma a facilitar o deslocamento.
Sinalização Intuitiva
Além disso, todo o circuito é sinalizado para que o visitante possa aproveitar ao máximo o passeio. Em cada atrativo o cicloturista encontra um paraciclo adequado para poder apreciar cada lugar no seu tempo. É importante ressaltar que desde a reabertura do Parque de Vila Velha, após ter sido concedido à iniciativa privada, mais de 60 mil pessoas visitaram o local, o que demonstra um alto poder de retenção desse público por parte do cicloturismo. Quem administra a Unidade de Conservação atualmente é a Soul Parques Vila Velha.
Cicloturismo é Lei
Atualmente, o cicloturismo no estado do Paraná é amparado pela Lei 20.354/2020, proposta pelo deputado Goura. A Lei afirma que circuitos e rotas cicloturísticas serão traçados e implantados considerando as bacias hidrográficas, o relevo e a formação histórica, cultural e social de cada região. Também que terão seus traçados estabelecidos preferencialmente em estradas, vias secundárias ou de menor fluxo de veículos motorizados.
Em suma, com a lei torna-se possível promover a valorização da cultura e dos atrativos do Paraná de uma forma diferenciada. Mais do que isso, valorizar também as comunidades e as economias locais. O turismo ecológico, e em especial o cicloturismo, tem potencial econômico para o desenvolvimento dos municípios envolvidos em rotas e circuitos de cicloturismo.
De acordo com a Lei, o Cicloturismo tem como objetivos:
- I – o incentivo ao uso da bicicleta e ao turismo ecológico;
- II – a melhoria da saúde e bem-estar dos cidadãos, por meio da promoção do lazer e da atividade física;
- III – a valorização da cultura e dos atrativos turísticos;
- IV – o desenvolvimento dos arranjos produtivos locais e movimentação da economia;
- V – a promoção da mobilidade e acessibilidade.
Conhecer o estado em cima de uma bicicleta
Nesse sentido, os circuitos cicloturisticos têm potencial para fazer do Paraná referência em mobilidade, que, aliás, é um dos pilares do segmento, que ainda tem como objetivo aliar a prática esportiva à oportunidade de conhecer lugares inimagináveis.
Por Tiago Piontekievicz © Lobi Ciclotur
