Ninguém é bom o tempo todo e nem acerta em tudo. Entender que a vida é feita de vitórias e fracassos nos economiza um bocado de sofrimento. Como você está encarando seus fracassos?

Existe uma máxima da ciência que fala que as maiores descobertas vêm dos erros. Quando você é um cientista, te incentivam a errar. Na ciência da vida diária, no entanto, vivemos na ilusão de que só seremos felizes acertando. Acredite, entendimentos e aprendizados também acontecem quando cometemos erros.

Ninguém é bom o tempo todo. É, inclusive, uma questão forte de ego acreditar que se pode acertar sempre e nunca cometer erros. No entanto, desde criança, somos ensinados que o mundo é de quem acerta, de quem não erra, daqueles que tiram nota dez ou conceito A.

Quem sai do vitimismo e da culpa, e consegue olhar para o erro, acolher aquela pisada de bola e aprender com isso, sai sempre aprimorado da experiência. Tudo é experiência, na verdade. Boas ou ruins, seguimos em frente, depois. Podemos seguir carregando aquele erro nas costas, como se fosse uma bagagem pesada. Ou podemos seguir leves, entendendo que o que aconteceu pode não se repetir; é só prestar mais atenção na estrada.

O modo como você encara seus fracassos fala muito de você

Pessoas que têm dificuldades em aceitar que erraram normalmente têm fortes questões de ego. Orgulho ferido é uma das maiores dores que existem, mas que só atua se a gente permite.

Mas existem outros fatores que podem influenciar no modo como encaramos nossos fracassos: as crenças limitantes e nosso sistema familiar estão intimamente envolvidos. É a velha história de “seguir os passos do pai”, ou de qualquer antepassado bem-sucedido, seguir a linha da família, a empresa, o talento. Esse tipo de comportamento não leva em conta que somos diferentes e que, portanto, podemos construir histórias diferentes.

Sair fora da curva e quebrar um padrão nunca é fácil. É preciso admitir que é possível, sim, errar. E assumir as consequências, mesmo que todo mundo diga “eu falei”, logo depois.

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